O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió (AL) quando se preparava para viajar para Brasília, onde iria se entregar à Polícia Federal. A detenção imediata do político foi determinada na noite de ontem pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após se esgotarem os recursos no processo no qual ele foi condenado por participar de um esquema de corrupção. Collor deve ser transferido para Brasília, onde cumprirá pena em regime fechado.
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Fernando Collor, então senador, durante sessão do Senado — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/09-11-2023
Ao jornal GLOBO, os advogados do ex-presidente confirmaram a prisão de Collor e disseram que ele foi detido às 4 horas da manhã de hoje, “quando estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo da decisão do Ministro Alexandre de Moraes”. “O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento”, informou o criminalista Marcelo Bessa.
Condenação
Na noite de ontem, Moraes rejeitou o segundo recurso da defesa e determinou o cumprimento imediato da pena imposta a Collor. Ele foi condenado a oito anos e dez meses, em regime inicial fechado, por participação em uma esquema de corrupção na BR Distribuidora, descoberto pela Operação Lava-Jato.
O ex-presidente foi condenado por ter recebido R$ 20 milhões em propina da UTC Engenharia entre 2010 e 2014, em troca de favorecimento em contratos com a BR Distribuidora empresa ligada à Petrobras. Segundo a decisão, há provas materiais que confirmam os crimes, para além dos relatos de delatores.
Além da prisão, Collor foi condenado a:
- pagar 90 dias-multa;
- pagar R$ 20 milhões de indenização por danos morais (em conjunto com os outros dois condenados);
- e fica proibido de exercer cargo ou função pública “pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade aplicada”.
32º presidente do Brasil
Fernando Collor foi o 32º presidente do Brasil, exercendo o cargo entre 1990 e 1992. Renunciou à Presidência enquanto era julgado por um processo de impeachment, que havia sido autorizado pela Câmara dos Deputados e estava em análise no Senado Federal.

Fernando Collor enquanto presidente – Foto: Reprodução
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