O pastor Silas Malafaia, uma das vozes mais conhecidas do segmento evangélico no Brasil, se posicionou publicamente contra Miguel Oliveira, jovem de 15 anos que ganhou notoriedade ao se apresentar como profeta nas redes sociais. Apesar de reconhecer o carisma e a inteligência do adolescente, Malafaia fez duras críticas à forma como o garoto tem se destacado no meio religioso.

Reprodução: Isabella Finholdt/ Especial Metrópoles
Durante entrevista, Malafaia afirmou que o adolescente estaria sendo orientado por pessoas mais experientes para imitar comportamentos espirituais que não teriam, segundo ele, fundamento legítimo na fé: “Sou um pastor pentecostal. Creio nos dons espirituais. Mas Miguel Oliveira é um menino que tem gente manipulando por trás. Um garoto inteligente, que tem capacidade de imitação, mas o que ele faz não é espiritual”, comentou.
Segundo Malafaia, o comportamento do jovem não representa uma ação divina, mas sim um desempenho construído com base em observação e repetição: “Isso aí ele aprendeu com gente mais velha, de ver gente mais velha fazer. E tá repetindo porque é um garoto de inteligência aguçada. É só ver para comprovar o que estou falando”.
Farsa e risco de exploração da fé
O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec) foi ainda mais direto ao classificar as pregações de Miguel como enganosas: “Isso daí não é poder de Deus, não é unção do Espírito Santo. Isso daí é uma farsa”, afirmou.
“Lamento dizer e tenho até pena desse menino. É um garoto inteligente. Tem uma inteligência aguçada para a idade dele, mas tá sendo usado para o mal, para enganar pessoas”.
Restrições do Conselho Tutelar e repercussão nas redes
O caso já havia ganhado atenção quando o Conselho Tutelar decidiu proibir o jovem de publicar conteúdos religiosos nas redes sociais. Ele pode continuar frequentando a igreja e exercendo atividades internas, mas está impedido de divulgar suas mensagens publicamente.
A medida foi tomada após denúncias de suposto uso da fé com fins financeiros e preocupação com a superexposição do adolescente. Caso ele ou seus responsáveis desobedeçam a determinação, há a possibilidade de medidas mais severas, como o afastamento do menor da guarda dos pais.
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