Na noite de segunda-feira (19), um padre de 37 anos foi detido pela Polícia Militar após causar tumulto em um posto de combustíveis no centro de Registro, cidade do interior de São Paulo. Segundo os relatos, o religioso, identificado como Danilo Felix Franco, estava visivelmente embriagado e teve um comportamento agressivo no local.

Viatura Polícia Civil SP - Foto: Divulgação

Viatura Polícia Civil SP – Foto: Divulgação

Segundo testemunhas, o padre consumia bebidas alcoólicas no próprio posto. Em determinado momento, começou a quebrar garrafas de vidro no chão e passou a xingar e ameaçar os frentistas que tentavam acalmá-lo.

A polícia logo foi acionada e encontrou o padre dentro de um carro, tentando sair de ré do estabelecimento. Os agentes constataram sinais evidentes de embriaguez, como dificuldade para falar, andar instável e forte cheiro de álcool.

Danilo foi levado à delegacia e, embora não tenha prestado depoimento devido ao estado em que se encontrava, aceitou fazer um exame de sangue, que foi coletado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O veículo foi entregue a uma pessoa indicada por ele. O caso foi registrado como embriaguez ao volante, e o resultado do exame ainda não foi divulgado.

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Posicionamento da igreja

A Diocese de Registro informou, por meio de nota ao g1, que o padre será responsabilizado tanto na esfera civil quanto na religiosa. O bispo Dom Manoel Ferreira dos Santos Júnior declarou que o caso será acompanhado de perto pela Igreja.

Confira a nota na íntegra:

“Tendo tomado conhecimento dos últimos fatos envolvendo um membro de nosso Clero Diocesano, vimos a público pedir perdão pelo escândalo gerado entre os fiéis católicos, diante daqueles que mesmo não professando a fé católica têm grande estima e proximidade à Igreja e, enfim, aos que porventura foram moralmente feridos por tais fatos.

Com efeito, nos recorda o saudoso Papa Francisco que “a Igreja, na sua essência, é uma Igreja de fé e sempre relacional, e só curando as relações doentias é que nós podemos tornar a Igreja sinodal. Como poderemos ser críveis na missão se não reconhecemos os nossos erros e não nos inclinamos para curar as feridas causadas com os nossos pecados?”.

A partir do conhecimento do fato, o Clérigo envolvido receberá, imediatamente as devidas implicações canônicas, além das civis que já estão em curso.

Reiteramos o compromisso da Igreja Católica de não tolerar quaisquer tipos de atitudes, sobretudo por parte de sua hierarquia, que gerem escândalo e desfigurem a sua missão”.

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