Uma cerimônia incomum chamou atenção no fim de março, na cidade de Itatiaia, no Rio de Janeiro. O que seria apenas mais um casamento civil ganhou proporções simbólicas inéditas ao se tornar o primeiro matrimônio luciferiano registrado oficialmente no Brasil. A celebração foi realizada em uma igreja dedicada a Lúcifer e protagonizada por dois sacerdotes da doutrina.

A cerimônia é considerada como a primeira do gênero devidamente registrada no Brasil. Ela aconteceu, além disso, em uma igreja dedicada a Lucifer - (crédito: Reprodução / Instagram)

A cerimônia é considerada como a primeira do gênero devidamente registrada no Brasil. Ela aconteceu, além disso, em uma igreja dedicada a Lucifer – (crédito: Reprodução / Instagram)

Cerimônia com elementos ritualísticos

O evento foi conduzido por Jonathan de Oliveira Ribeiro, conhecido como Mestre Jonan, e sua noiva, Lídia Almeida Oliveira. Ambos são líderes da Primeira Igreja Luciferiana do Brasil e celebraram a própria união vestidos de vermelho — cor que dominava também a decoração do altar.

A cerimônia incluiu rituais simbólicos, como a chegada dos noivos: Jonathan montado em um cavalo e Lídia transportada em uma liteira vermelha, tradicional cadeira portátil carregada por outras pessoas. Vídeos com registros desse momento viralizaram nas redes sociais.

Durante a celebração, os noivos fizeram seus votos em frente ao altar com louvores direcionados à deusa Astaroth, figura controversa que, segundo a tradição demonológica, é um dos “duques do inferno”, mas também representa o sagrado feminino e o amor na ótica luciferiana.

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Outro momento marcante foi uma dança ritualística, realizada por mulheres convidadas, que formaram um círculo em torno do casal.

Princípios do luciferanismo

Segundo os noivos, o casamento seguiu os fundamentos do luciferanismo, doutrina que enfatiza a busca pela sabedoria, o desenvolvimento da consciência, a responsabilidade individual e o equilíbrio interior.

A cerimônia, conforme explicaram, foi autorizada pela “espiritualidade” e incluiu a entrega simbólica de uma árvore ao casal, representando o crescimento e fortalecimento da união. Os dois também assumiram o compromisso de seguir os “dez mandamentos luciferianos”, cujos detalhes permanecem em sigilo, sendo restritos aos iniciados da doutrina.

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Distinções e esclarecimentos

Os organizadores da cerimônia fizeram questão de destacar que o luciferanismo não se confunde com o satanismo. De acordo com os líderes da igreja, Lúcifer é visto como um símbolo de luz, sabedoria e consciência, e não possui ligação com a figura do diabo tradicionalmente associada ao mal nas religiões cristãs.

A celebração chamou atenção justamente por romper com padrões religiosos convencionais, reforçando o desejo dos noivos de manifestar sua fé de forma pública, respeitosa e registrada legalmente.

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