A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói (RJ), caiu em uma trilha durante uma expedição ao vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, e ficou isolada por mais de 16 horas até que montanhistas conseguissem chegar até ela. O resgate, no entanto, só deverá ser concluído pela manhã do horário local, por conta das condições climáticas e da falta de visibilidade.

Reprodução/RadarLombok.co.id

Queda ocorreu em trilha remota de difícil acesso

Juliana fazia a trilha com uma empresa de turismo local quando sofreu o acidente. A queda ocorreu por volta das 19h de sexta-feira (20), no horário de Brasília, início da madrugada de sábado na Indonésia. A jovem teria escorregado e caído cerca de 300 metros abaixo do nível da trilha original, em uma área de difícil acesso e com forte presença de neblina.

Segundo relatos de turistas que estavam na região, uma densa nuvem cobriu o local por volta das 2h da madrugada (horário de Brasília), dificultando ainda mais a localização de Juliana. Apenas por volta das 4h, parte da equipe de resgate conseguiu se aproximar da área, mas o socorro completo ainda não foi possível.

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Montanhistas chegam até Juliana após 16 horas

A irmã da publicitária, Mariana Marins, informou que a família recebeu contato da Embaixada do Brasil em Jacarta informando que montanhistas conseguiram finalmente chegar até Juliana após mais de 16 horas de espera: “O montanhista chegou lá e o resgate conseguiu descer até ela. Deram comida, água, alimentaram ela. Ela está estabilizada e viva, é o que temos de informação. Vão colocar ela na maca assim que possível”, disse Mariana.

Apesar disso, o transporte de Juliana até uma área segura ainda depende de condições climáticas favoráveis e será retomado somente ao amanhecer, no horário local.

Brasileira caí durante trilha na Indonésia e aguarda horas por resgate — Foto: Arquivo pessoal

Brasileira caí durante trilha na Indonésia e aguarda horas por resgate — Foto: Arquivo pessoal

Imagem mostra distância da queda de brasileira na Indonésia — Foto: Arquuivo pessoal

Imagem mostra distância da queda de brasileira na Indonésia — Foto: Arquuivo pessoal

Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia — Foto: Redes sociais

Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia — Foto: Redes sociais

Drone e redes sociais ajudaram na localização

A queda só se tornou conhecida da família por meio de relatos publicados nas redes sociais por outros turistas, que passaram pelo local cerca de três horas depois do acidente. Eles divulgaram imagens feitas com um drone, que mostravam Juliana assustada e aparentemente debilitada.

Em um dos vídeos, é possível ouvir a voz de um dos integrantes do grupo dizendo, em inglês: “Ela parece muito assustada”. Segundo Mariana, o grupo manteve contato com Juliana à distância para garantir que ela permanecesse consciente: “Eles disseram que a única coisa que ouviram foi um ‘help’ com uma voz muito trêmula”, relatou a irmã.

Família questiona demora no socorro

A demora no resgate gerou críticas da família à atuação das autoridades e da empresa responsável pelo passeio. Mariana Marins declarou que o local da queda fica a pelo menos quatro horas do centro urbano mais próximo e que a área é extremamente isolada: “Mais de 14 horas para um resgate não é normal. E se ela morrer por falta de resgate?”, questionou.

A família entrou em contato com a embaixada brasileira na Indonésia, que pressionou as autoridades locais para que o resgate fosse realizado ainda à noite, apesar das dificuldades logísticas.

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Mochilão pela Ásia

Juliana está em um mochilão pela Ásia sozinha, sem o acompanhamento de familiares ou amigos. Já havia passado por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. Segundo Mariana, Juliana está sem acesso à internet no local do acidente, o que impediu contato direto com a família:

“Eu fiquei sabendo do acidente pelo Instagram. Como o pacote de internet que ela contratou não funciona lá, ela ficou incomunicável. Foi um grupo de turistas que viu tudo e começou a postar. A informação chegou até a gente assim”, contou Mariana.

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