A família da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, desmentiu neste domingo (22) as informações divulgadas por alguns veículos internacionais e perfis nas redes sociais de que a jovem teria sido resgatada ou recebido suprimentos após cair durante uma trilha no monte Rinjani, um vulcão ativo na ilha de Lombok, na Indonésia. Segundo os parentes, Juliana está desaparecida há mais de 30 horas e as equipes de resgate ainda não conseguiram chegar até o local onde ela foi vista pela última vez.

Reprodução/Redes Sociais
“O resgate não aconteceu”, afirma irmã
Em uma série de publicações feitas nas redes sociais, Mariana Marins, irmã de Juliana, explicou que as informações que circulam sobre um possível resgate ou entrega de mantimentos são falsas:
“O resgate não aconteceu. Depois das 17h30 da tarde, no horário local, eles pararam as buscas e ninguém chegou até a Juliana. Ninguém sabe onde a Juliana está, ela está desaparecida”, declarou, visivelmente abalada.
A família criou um perfil nas redes para centralizar informações confiáveis sobre o caso e desmentir boatos que possam comprometer o andamento da operação ou prejudicar a mobilização por ajuda.
🚨VEJA: Irmã da brasileira que está desaparecida após cair em um vulcão na Indonésia, desmentiu as informações de que ela teria recebido água, alimentos e agasalho.
— CHOQUEI (@choquei) June 22, 2025
🚨ATENÇÃO: Buscas por brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia foram canceladas e Juliana Marins segue desaparecida. pic.twitter.com/C6rPvySzWd
— CHOQUEI (@choquei) June 22, 2025
Abandonada pelo guia em meio à trilha
Juliana estava no segundo dia de trilha no monte Rinjani e, de acordo com o relato da irmã, fazia o percurso acompanhada por cinco turistas e um guia local. Durante a caminhada, a jovem teria se sentido exausta e pedido para descansar. A resposta do guia, no entanto, surpreendeu a família:
“Ela disse que estava cansada nessa trilha do segundo dia e que precisava descansar. O guia falou ‘então descansa’ e seguiu viagem. Ela foi abandonada”, denunciou Mariana.
Desde então, a brasileira não foi mais vista com vida. As únicas imagens disponíveis mostram Juliana caída em uma parte remota da trilha, captadas por um drone de outro turista no sábado (21).
Dificuldades nas buscas e alerta da família
A irmã também revelou que, na primeira tentativa de resgate, a equipe chegou com cordas de apenas 150 metros, muito abaixo da altura necessária para alcançá-la, já que a queda estimada teria sido de cerca de 300 metros. Com isso, os trabalhos foram suspensos ao final do dia devido à baixa visibilidade e ao risco elevado.
Neste domingo, as buscas foram novamente interrompidas por conta das condições climáticas desfavoráveis. A família segue em contato com autoridades locais e alertando sobre a urgência da situação: “Estamos pedindo ajuda internacional. Precisamos que resgatem minha irmã com segurança, o quanto antes”, apelou Mariana.
Um dos maiores vulcões da Indonésia
O monte Rinjani, onde Juliana realizava a trilha, é o segundo maior vulcão da Indonésia, com 3.726 metros de altura. É um destino muito procurado por alpinistas e mochileiros, mas exige preparo físico e conhecimento técnico.
O caso levanta questionamentos sobre a atuação de guias locais, a estrutura de segurança oferecida aos turistas e a capacidade de resposta em situações de emergência em áreas de difícil acesso.
Mobilização nas redes
Diante do desaparecimento, familiares e amigos criaram um perfil nas redes sociais para divulgar atualizações e pressionar por agilidade nas buscas. O caso vem ganhando repercussão nacional e internacional, com muitos internautas se mobilizando em correntes de oração e solidariedade à família.
Até o momento, Juliana Marins continua desaparecida. A família segue aguardando novas ações por parte das autoridades indonésias e reforça que qualquer informação oficial será divulgada apenas pelos canais criados pelos parentes.
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