O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou nesta quarta-feira (26) sobre a morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que faleceu após um acidente durante uma trilha em um vulcão na Indonésia. Lula afirmou que determinou ao Ministério das Relações Exteriores que preste apoio completo à família, incluindo o translado do corpo ao Brasil.

“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana, para prestar minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, escreveu o presidente em uma publicação na rede social X (antigo Twitter).

Juliana estava fazendo um mochilão pela Ásia e já havia passado por países como Vietnã e Tailândia. O acidente aconteceu durante uma trilha no Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia, quando ela escorregou e caiu de uma altura de aproximadamente 600 metros. O corpo foi resgatado na manhã de quarta-feira (25), após uma operação de sete horas, e foi levado para a ilha de Bali nesta quinta-feira (26). Autoridades locais informaram que o corpo passará por autópsia para esclarecer a causa e o horário da morte.

Translado de brasileiros mortos no exterior: o que diz a lei?

Após a confirmação da morte de Juliana, inicialmente houve indignação nas redes sociais ao se saber que o governo não arcaria com os custos do translado. A repercussão gerou pressão pública e, posteriormente, o governo federal decidiu bancar o processo. De acordo com o turismólogo Vitor Vianna, porém, não há obrigação legal para que o governo brasileiro custeie esse tipo de despesa. “Se um brasileiro morre fora do país, o governo do Brasil não tem obrigação legal de pagar pelo translado do corpo, nem por despesas médicas, hospitalares ou funerárias”, explicou.

Veja também: cupom de desconto exclusivo do site na Shopee aqui

A atuação do Itamaraty

O especialista destacou que o Itamaraty oferece apoio consular, como auxílio com documentos, orientações e contatos, mas os custos financeiros geralmente ficam a cargo da família. “O caso da Juliana deixou isso escancarado. A família precisou correr para arrecadar dinheiro e conseguir trazer o corpo de volta ao Brasil. Quando não se tem seguro-viagem, a situação se torna ainda mais desesperadora”, comentou.

Seguro-viagem é essencial

Vianna também alertou sobre a importância de contratar um seguro-viagem, especialmente em viagens para locais remotos ou que envolvam atividades de risco. “O seguro cobre desde uma simples consulta até internações e repatriação do corpo em caso de morte. Ele custa pouco e pode evitar que uma tragédia vire um pesadelo maior”, destacou. Ele concluiu com um apelo: “Não politicize esse caso. Isso é sobre responsabilidade, empatia e prevenção. Viajar sem seguro é um risco grave — e que pode custar caro para quem fica.”

Veja a seguir: Irmã de Juliana Marins emociona com texto de despedida: “Desculpa não ter sido suficiente”

Qual sua opinião sobre o caso?

Categorized in:

Notícia,