Jovem quebra as duas pernas ao usar equipamento de academia no Paraná: “Foi um acidente que poderia acontecer com qualquer um”

O estudante de Educação Física Luis Pasetti, de 23 anos, passou por um grave acidente durante um treino em uma academia de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). Ao realizar agachamento com 140 quilos em um equipamento conhecido como smith, o jovem acabou fraturando as duas pernas e deslocando o pé direito. O momento foi registrado em vídeo pelo próprio Luis, que atualmente se recupera em casa após cirurgia.

Luis Pasetti, de 23 anos, é estudante de Educação Física — Foto: Arquivo pessoal

Como o acidente aconteceu?

Luis contou que o acidente aconteceu no dia 20 de junho, ao fim de um treino de agachamento pesado. Ele acreditava ter travado a barra do equipamento de forma segura, mas acabou surpreendido:

“Eu estava com 70 kg de cada lado, tentando controlar a descida e abaixando o máximo que conseguia. Na última repetição, senti que não iria conseguir mais e tentei travar a barra, mas ela não travou. Não sei qual o motivo de não ter conseguido, talvez pelo cansaço”.

Ao relaxar as pernas para sair da máquina, a carga despencou, empurrando-o para baixo e provocando as fraturas: “Não foi falha da máquina. Acredito que não tiveram falhas. Foi um acidente que poderia acontecer com qualquer um, em qualquer lugar. Por isso temos que estar extremamente atentos para que possamos evitar esse tipo de coisa”.

O estudante estava acompanhado de um amigo no momento do acidente, que prestou socorro imediato: “A dor foi muita […] Meu único erro foi não ter aceitado ajuda do meu amigo que estava comigo, nunca aceitei, para falar a verdade”.

Um jovem de 23 anos quebrou as pernas e deslocou o pé direito enquanto realizava agachamento com 140 kg em uma academia de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba.
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— Nelson Carvalheira 🇧🇷 (@N_Carvalheira) July 12, 2025

Estado de saúde e recuperação

Luis foi internado por quatro dias e passou por cirurgia. Ele fraturou as duas tíbias e as duas fíbulas, além de ter deslocado o pé direito. No momento, está sem pontos e sem curativos, mas ainda não pode apoiar os pés no chão: “Hoje sinto pouca dor e quase não tenho precisado de remédios”.

De acordo com a equipe médica, o jovem deve retomar a capacidade de caminhar normalmente em cerca de 10 semanas. Enquanto isso, precisa permanecer deitado, com os pés elevados, e segue tomando anticoagulantes para evitar trombose: “Quando fui para a casa, eu e meus pais recebemos todas as instruções do ortopedista. Graças a Deus não tivemos que adaptar nada em casa”.

Apoio após o acidente

Luis destacou que recebeu apoio imediato dos profissionais da academia tanto durante quanto após o acidente: “Fui socorrido ainda dentro da academia. Os responsáveis me ajudaram bastante”.

Apesar do susto, ele mantém um tom de conscientização sobre os cuidados com exercícios pesados e destaca que a responsabilidade é compartilhada: “Temos que estar extremamente atentos. Esse tipo de acidente pode acontecer com qualquer um”.

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Especialista alerta para riscos com o equipamento

A educadora física Márcia Bispo explicou que o smith, aparelho utilizado por Luis, é comum em treinos de força por oferecer mais estabilidade, mas também exige atenção redobrada: “O corpo humano é uma máquina super potente, só que como todas as máquinas, ele também tem seu limite. É muito importante que as pessoas entendam que cada movimento deve ser feito cuidadosamente”.

Ela reforça que o uso progressivo de cargas e a orientação profissional são fundamentais: “A orientação de um profissional é muito importante porque ele vai ajudar a fazer o movimento correto e ter um cuidado pra que a pessoa não sofra lesões. É muito importante treinar, mas ter cuidado pra não comprometer a saúde”.

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