O cantor Lucas Lucco e seu pai, Paulo Roberto de Oliveira, foram indiciados pela Polícia Civil de Goiás por suspeita de participação em um esquema de fraude milionária envolvendo a venda de veículos de luxo com documentos falsificados. A investigação aponta possíveis crimes como estelionato, falsificação ideológica e documental, além de associação criminosa, que, somados, podem resultar em pena superior a 10 anos de prisão em caso de condenação.

Foto: Divulgação

Esquema sob investigação

O inquérito policial teve início há cerca de quatro meses, após um empresário relatar prejuízos em uma negociação de alto valor. De acordo com a denúncia, ele trocou um Porsche GT4 por duas unidades do modelo Panamera, avaliadas em mais de R$ 1 milhão. No entanto, os veículos recebidos possuíam pendências financeiras não informadas no momento da transação.

Durante a apuração, a polícia identificou a suposta falsificação de documentos e o uso indevido de uma assinatura digital atribuída a Lucas Lucco. Também está sendo investigada a atuação de Eliel Levistone Silva e Souza, que teria se apresentado como advogado e participado da negociação.

Defesa do cantor

A defesa de Lucas Lucco sustenta que tanto o artista quanto seu pai foram vítimas de um golpe. A advogada Suéllen Paulino afirmou que ainda não há condenação e que Lucco responde apenas como investigado no inquérito. Segundo ela, “caso fique comprovada sua boa-fé, a denúncia poderá ser anulada”.

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A versão da defesa indica que Eliel Levistone teria arquitetado a fraude por meio da falsificação de documentos e uso indevido de assinaturas eletrônicas.

Nota oficial do cantor

Por meio de uma nota divulgada na última quarta-feira (17), Lucas Lucco reforçou que ele e o pai foram enganados durante o processo: “A fraude envolveu a falsificação de minha assinatura digital e de documentos junto à Justiça de Goiás”, afirmou o cantor, negando qualquer envolvimento consciente nas irregularidades.

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Prints mostram Lucas Lucco negociando veículos

Novas evidências divulgadas pela TV Anhanguera reforçaram a repercussão do caso. Prints de conversas revelam Lucas Lucco negociando diretamente com o suposto advogado Eliel Levistone, apontado como articulador da fraude. Em uma das mensagens, o cantor comenta sobre a regularização de um dos veículos envolvidos na troca: “A cinza já está lisa. A preta, eu ajeito”, escreveu Lucco ao se referir aos dois modelos Porsche Panamera.

Em outro trecho da conversa, o cantor expressa otimismo sobre o negócio, mencionando sua dimensão financeira: “Isso vai ficar muito maior do que qualquer empresa que eu tenho ou você tem ou [empresário que é vítima da negociação] tem”, disse.

A defesa de Lucas reforçou, ao portal g1 , que ele e o pai foram vítimas de um golpe e não estão mais na posse de nenhum dos veículos negociados. Também alegam grande prejuízo financeiro.

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Defesa do suposto advogado nega fraude

Em nota oficial, a defesa de Eliel Levistone negou qualquer ilegalidade na transação e afirmou que a negociação foi legítima e documentada judicialmente. O texto rebate a versão da assessoria de Lucas Lucco e tenta afastar a acusação de fraude, alegando que o cantor também não teria cumprido suas obrigações no acordo.

Confira a nota na íntegra:

“A defesa vem a público esclarecer que a negociação envolvendo o veículo Porsche não possui qualquer indício de ilicitude ou fraude, tratando-se de operação legítima, documentada e chancelada judicialmente.

Ao contrário do que vem sendo veiculado, ele não atuou como intermediador da venda: ele era o legítimo proprietário do veículo, que estava registrado em seu nome. O empresário mencionado na operação adquiriu apenas uma parte do bem, tornando-se sócio da transação, mas não chegou a quitar o valor integral inicialmente acordado.

Posteriormente, diante da inadimplência de Lucas Lucco quanto ao pagamento dos gravames financeiros do veículo, bem como da recusa do empresário em arcar com o valor pactuado, ele obteve a restituição judicial do veículo, por decisão legítima proferida no Estado de Goiás e confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Não há qualquer fraude processual. As guias de custas judiciais foram canceladas em Goiás e o processo foi corretamente remetido a Minas Gerais, onde houve o regular recolhimento. Tudo tramitou de forma pública, legítima e transparente.

A ação judicial somente foi ajuizada porque Lucas Lucco, além de não quitar os veículos que ofertou na permuta, vendeu um deles a uma loja em São Paulo, sem cumprir a obrigação contratual firmada.

Importa frisar que nosso cliente jamais teve ciência de que os veículos ofertados na permuta estariam alienados ou com qualquer gravame, até porque ele próprio era credor na operação em questão, sendo, portanto, vítima direta da inadimplência.

A tentativa de transformar um litígio contratual em questão criminal é lamentável e será enfrentada com serenidade pela defesa, que confia plenamente na apuração técnica dos fatos e no reconhecimento da lisura da conduta de seu constituinte”.

Situação atual

Até o momento, Lucas Lucco e os demais envolvidos seguem como investigados, sem condenação judicial. O caso continua em andamento na Polícia Civil de Goiás, e a expectativa é de que novos desdobramentos ocorram nas próximas semanas.

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