Nesse domingo (20), a notícia da morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, destacou uma urgência que vai além da dor de sua perda: a conscientização sobre o câncer colorretal, também conhecido como câncer do intestino. A artista enfrentou o diagnóstico com coragem, dividindo sua jornada com o público, o que contribuiu para alertar sobre uma das doenças que mais cresce silenciosamente no Brasil e no mundo.

Preta Gil - Foto: Reprodução

Preta Gil – Foto: Reprodução

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de tumor afeta o intestino grosso, o reto ou o cólon e costuma se desenvolver a partir de pólipos — pequenas lesões benignas que, com o tempo, podem se transformar em câncer. Muitas vezes, a doença só apresenta sintomas em estágios avançados, o que dificulta o diagnóstico precoce.

A boa notícia é que, quando diagnosticado cedo, o câncer colorretal tem altos índices de cura. Exames como a colonoscopia permitem detectar pólipos e removê-los antes que se tornem malignos. Especialistas recomendam iniciar os exames de rastreamento a partir dos 45 anos — ou antes, se houver histórico familiar.

Colonoscopia pode ajudar a identificar os tumores em estágio inicial - Foto: Reprodução

Colonoscopia pode ajudar a identificar os tumores em estágio inicial – Foto: Reprodução

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Sinais, fatores de risco e prevenção

Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Sangue nas fezes ou sangramentos retais;
  • Dor ou desconforto abdominal persistente (mais de 30 dias);
  • Mudanças no hábito intestinal (diarreia ou constipação);
  • Sensação de evacuação incompleta;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Fadiga constante.

Apesar de não haver uma causa única, existem fatores que aumentam o risco de desenvolvimento do câncer colorretal:

  • Idade superior a 50 anos;
  • Histórico familiar da doença;
  • Alimentação rica em gordura e pobre em fibras;
  • Consumo excessivo de carne processada;
  • Sedentarismo e obesidade;
  • Tabagismo e consumo de álcool.

Câncer colorretal em números

De acordo com o INCA, o câncer colorretal é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil, atrás apenas do câncer de mama e próstata, respectivamente. A estimativa para 2023 era de mais de 45 mil novos casos no país.

Representação médica do intestino grosso, onde normalmente se desenvolve o câncer colorretal - Foto: Freepik

Representação médica do intestino grosso, onde normalmente se desenvolve o câncer colorretal – Foto: Freepik

A taxa de mortalidade está diretamente ligada ao diagnóstico tardio. Por isso, campanhas como o Março Azul, voltadas à conscientização da doença, são cada vez mais relevantes. Além disso, a história de figuras públicas como Preta Gil contribui significativamente para romper tabus sobre o tema e incentivar o autocuidado.

Câncer que Preta Gil enfrentou

Em janeiro de 2023, Preta foi diagnosticada com um adenocarcinoma no intestino, subtipo que corresponde a cerca de 95% dos casos de câncer colorretal. Após cirurgias e sessões de quimioterapia e radioterapia, ela chegou a anunciar que a doença estava em remissão. No entanto, em agosto de 2024, cerca de um mês depois, revelou que a enfermidade havia retornado em quatro pontos distintos do corpo, configurando um quadro de metástase.

Preta Gil em tratamento nos EUA - Foto: Reprodução

Preta Gil em tratamento nos EUA – Foto: Reprodução

Essa evolução é comum quando o câncer é diagnosticado em fase avançada ou quando não responde totalmente aos tratamentos convencionais. Em casos assim, os médicos podem recorrer a terapias-alvo, imunoterapia ou tratamentos experimentais — como foi o caso da cantora, que buscou alternativas nos Estados Unidos.

A jornada de Preta Gil, inclusive, revelou mais do que uma luta pessoal. Ela colocou em evidência a importância de se falar abertamente sobre saúde intestinal, de encarar o câncer como uma batalha que pode ser enfrentada com dignidade — e que não deve ser enfrentada em silêncio.

Confira a seguir: Preta Gil foi traída pelo marido enquanto estava em tratamento contra o câncer; relembre.

Você conhecia o câncer colorretal?