Nesta terça-feira (22), Júnior Lima e Monica Benini revelaram que sua filha caçula, Lara, de apenas três anos, foi diagnosticada com síndrome nefrótica — uma condição que afeta os rins e provoca a perda excessiva de proteínas pela urina. No vídeo divulgado nas redes sociais, o casal contou que inicialmente suspeitou de uma alergia, devido ao inchaço nos olhos da menina. Após uma investigação mais detalhada com diferentes especialistas, veio o diagnóstico.

“O tratamento é muito intenso, com um remédio bem forte, e nem toda criança responde. Mas, graças a Deus, a Lara respondeu bem e está em remissão”, revelou Júnior em um vídeo compartilhado pelo casal.

O que é a síndrome nefrótica?

A síndrome nefrótica é um conjunto de sinais e sintomas causados por lesões nos glomérulos — estruturas dos rins responsáveis pela filtragem do sangue. Quando comprometidos, os rins deixam escapar grandes quantidades de proteína pela urina, o que reduz os níveis de albumina no sangue e pode causar diversos problemas, como:

  • Inchaço ao redor dos olhos (principalmente pela manhã)
  • Edema nos tornozelos, pés, barriga e rosto
  • Urina espumosa
  • Redução no volume de urina
  • Cansaço, perda de apetite e dores abdominais
  • Ganho de peso repentino
  • Maior suscetibilidade a infecções
  • Em casos graves, pode haver acúmulo de líquido no abdômen (ascite) e no tórax (derrame pleural), além de risco de trombose

Se não tratada, a doença pode evoluir para insuficiência renal, alerta o nefrologista Dr. Henrique Carrascossi.

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Quem pode desenvolver a síndrome?

Embora não seja classificada como uma doença rara, a síndrome nefrótica é pouco conhecida. Sua incidência na infância varia entre 2 a 7 casos por 100 mil crianças por ano, sendo mais comum entre 18 meses e 4 anos — principalmente em meninos. A causa pode ser primária (afetando diretamente os rins) ou secundária, associada a outras condições como diabetes, lúpus, hepatites virais, uso de certos medicamentos e infecções respiratórias. Em crianças, a forma mais comum é a idiopática, geralmente ligada à “doença de lesão mínima”, que tende a responder bem ao tratamento com corticoides. Segundo Carrascossi, na maioria dos casos infantis, não há relação com estilo de vida ou alimentação.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito por meio de exames de urina (para identificar proteinúria), sangue (para verificar os níveis de albumina e colesterol) e, em alguns casos, biópsia renal. O tratamento inicial geralmente é feito com corticoides. Se não houver resposta, podem ser utilizados outros imunossupressores, como ciclosporina ou rituximabe. Diuréticos, inibidores da ECA, dieta com pouco sal, além de suplementação com cálcio e vitamina D também podem ser indicados, dependendo do caso.

Como os medicamentos podem causar efeitos colaterais, como alterações no crescimento e no comportamento, o acompanhamento multidisciplinar é fundamental. Além disso, durante o tratamento, o sistema imunológico da criança fica enfraquecido, o que exige cuidados redobrados com a prevenção de infecções. Foi nesse contexto que Monica Benini explicou o uso de máscaras pela família. “O comprometimento da família com o tratamento, o uso correto das medicações, o controle do peso, da pressão arterial e a atenção à dieta são essenciais para evitar complicações e hospitalizações”, reforça Carrascossi.

Prognóstico

Embora não tenha cura definitiva, a síndrome nefrótica pode entrar em remissão total, especialmente nos casos idiopáticos, permitindo uma vida normal. No entanto, recaídas são possíveis e exigem monitoramento constante. Nos casos secundários, como na glomeruloesclerose focal, a evolução pode ser mais grave e requer vigilância médica contínua. “A frequência e a gravidade das crises variam de acordo com o tipo da doença e a resposta ao tratamento. Algumas crianças precisarão de acompanhamento por toda a vida”, conclui Carrascossi.

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