Jorge Beltrão Negromonte, líder do trio conhecido como os “Canibais de Garanhuns”, tem atuado como pastor evangélico dentro do sistema prisional e afirma não querer sair da cadeia. Condenado por assassinatos e por utilizar carne humana na produção de salgados vendidas em Garanhuns (PE), ele aparece em um vídeo que viralizou recentemente, pregando dentro da Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá (PE).

A gravação, feita há cerca de um ano, mostra Jorge vestido com camisa e gravata, com um violão nas costas, ao lado do diácono Rodrigo Gracino e de um missionário chamado Peterson. No vídeo, ele é apresentado como o “pastor da penitenciária”, onde desenvolve atividades religiosas com outros internos.

De acordo com o advogado de defesa, Giovanni Martinovich, Jorge está convertido há mais de dois anos e dedica-se integralmente à vida religiosa no presídio, com o apoio de outros detentos do setor evangélico. “Hoje ele realmente está convertido. Quer permanecer preso, vivendo como pastor”, afirmou o advogado ao UOL.

Diagnosticado com esquizofrenia e atualmente cego, Jorge afirma que não deseja a liberdade por temer tanto uma recaída quanto ser morto fora da prisão. “Se eu sair, volto a matar”, declarou durante o julgamento, segundo relato da defesa. Ele acredita que, se for solto, voltará a ouvir as “vozes” que o influenciavam no passado. Apesar de ter direito a progredir para o regime domiciliar, Jorge recusou a possibilidade. “Tenho condições jurídicas de tirá-lo da prisão, mas ele mesmo se recusa. Disse que, se descobrirem que é o canibal, será assassinado. Por isso prefere continuar preso”, concluiu Martinovich.

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Reprodução/ Redes sociais

Jorge Beltrão cumpre pena atualmente no Presídio Policial Penal Leonardo Lago, no Complexo Prisional do Curado, na zona oeste da capital pernambucana. Suas duas companheiras, Isabel Cristina e Bruna Cristina, também continuam presas. O caso que levou os três à prisão veio à tona em 2012, após denúncias e investigações revelarem uma série de assassinatos de mulheres no município de Garanhuns, em Pernambuco. Os corpos das vítimas eram utilizados para a produção de salgados com carne humana, vendidas na região.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária de Pernambuco (Seap) informou que oferece assistência religiosa nas unidades prisionais do Estado, respeitando as crenças individuais dos detentos. O órgão afirmou ainda que o trabalho é conduzido por representantes de diversas denominações religiosas, com foco no apoio emocional, espiritual e social aos internos.

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