A influenciadora Virginia Fonseca e sua empresa de cosméticos, We Pink, estão no centro de uma disputa judicial que acaba de ganhar novos desdobramentos. A ação é movida contra o youtuber Paullo R., acusado de publicar vídeos caluniosos e difamatórios nas redes sociais após relatar um suposto caso de cegueira associado ao uso do produto We Drop, um fortalecedor de cílios da marca. A polêmica começou após Lidiane Herculano, moradora de Nova Iguaçu (RJ), afirmar que teria ficado cega após utilizar o produto.
A denúncia veio a público em 22 de junho, quando o youtuber publicou um vídeo relatando o caso. Segundo Paullo, a mulher teria tido as córneas queimadas, com base em uma reclamação feita por seu marido. A partir disso, o criador de conteúdo passou a veicular vídeos responsabilizando Virginia e sua marca.
No entanto, de acordo com a influenciadora, não há comprovação médica da suposta lesão. Em sua defesa judicial, Virginia afirma que Lidiane não apresentou laudos médicos que confirmem a cegueira nem permitiu a perícia do produto alegadamente usado. Isso, segundo ela, inviabiliza qualquer verificação dos danos ou da possível ligação com o cosmético.
Decisão judicial e próximos passos
A coluna de Fábia Oliveira teve acesso a uma decisão da Justiça proferida em 18 de julho, que marca um novo capítulo no processo. A empresária solicitou uma tutela de urgência para que Paullo fosse obrigado a remover os vídeos e parasse de citar seu nome e o produto em suas publicações. No entanto, o juiz optou por adiar a análise do pedido, alegando falta de provas suficientes que demonstrem a violação dos direitos de Virginia.
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Por outro lado, o magistrado determinou a expedição de um ofício ao Google, responsável pelo YouTube, solicitando os dados cadastrais do dono do canal Paullo R.. Essa medida é considerada um avanço significativo no processo, já que poderá revelar formalmente a identidade do youtuber, que até então era parcialmente desconhecida nos autos.
Acusações de “linchamento virtual”
Virginia Fonseca acusa o influenciador de promover um “linchamento antecipado”, sem provas, apenas com base no relato da consumidora. Ela afirma que os vídeos de Paullo têm natureza sensacionalista e foram feitos com a intenção de gerar engajamento e monetização, aproveitando-se da visibilidade de seu nome. A influenciadora também alega que os conteúdos publicados pelo youtuber deram origem a outros vídeos semelhantes, citando como exemplo uma publicação viral da influenciadora Karen Bachini, que também criticou o We Drop.
Pedidos na Justiça
Na ação, Virginia e a We Pink solicitam:
- A exclusão imediata dos vídeos do canal de Paullo R.;
- Proibição de novas publicações envolvendo a marca ou sua fundadora;
- Identificação oficial do criador do canal, via ofício ao Google Brasil;
- Pagamento de R$ 20 mil por danos morais, valor que, segundo a defesa, seria destinado a uma instituição de caridade.
Com a decisão mais recente, o caso segue em tramitação, enquanto a defesa da influenciadora aguarda os dados do youtuber para seguir com as próximas etapas do processo.
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