Manoel Marins, pai de Juliana Marins, compartilhou um novo desabafo nas redes sociais nesta quarta-feira (30), ao relatar um momento marcante vivido em família: ele abriu, pela primeira vez, a mochila que a filha usava durante a viagem à Indonésia, onde faleceu tragicamente. “Ontem, eu e Estela passamos por mais uma mistura de emoção e saudade. A saudade já faz parte do nosso dia a dia, mas às vezes ela se intensifica. Finalmente, tomamos coragem para abrir a mochila que a Ju levou na viagem. Desde que voltou da Indonésia, ela permanecia lacrada na mesma caixa”, escreveu Manoel.

Ao revirar os pertences da filha, ele descreveu o peso emocional do momento. “Cada item retirado nos apertava o coração. Roupas, objetos pessoais… tudo nos transportava de volta a momentos felizes vividos ao lado dela. E veio, então, a dor de constatar que agora ela só vive em nossas lembranças e no coração — não mais ao nosso lado, fisicamente”, disse. O pai continuou o relato emocionado: “Ontem sentimos, de forma muito intensa, a presença de uma ausência. Sabemos que esse sentimento continuará nos visitando muitas vezes, mas também acreditamos que, com o tempo, ele se tornará mais leve. Lembrei de uma música do Gonzaguinha: ‘diga lá meu coração que ela está dentro do meu peito e bem guardada, e que é preciso, mais que nunca, prosseguir’.”

Manoel encerrou a publicação com uma mensagem de fé e consolo: “É isso que tentaremos fazer, confiantes de que o Eterno continuará a enxugar nossas lágrimas e jamais nos abandonará. Obs: A Juju tirou essa foto durante a viagem, quando estava na Tailândia.”

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Entenda o caso Juliana Marins

Juliana Marins, de 26 anos, morreu após escorregar e cair por uma vala enquanto fazia a trilha do vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia. Ela estava em um mochilão pela Ásia e realizava o passeio com outros turistas, por meio de uma agência local. A queda aconteceu no sábado (21/6), e Juliana ficou desaparecida por quatro dias. Equipes de resgate a localizaram apenas na segunda-feira (23/6), através de um drone com sensor térmico. Ela foi encontrada imóvel, a cerca de 500 metros do ponto onde havia caído. A princípio, havia sido divulgado que a jovem teria recebido socorro, mas a informação foi desmentida pela família. O falecimento foi confirmado na terça-feira (24/6), e o corpo só foi resgatado na quarta (25/6).

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