Um episódio inusitado chamou atenção durante uma operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (31) na comunidade do Mandela, em Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro. Em meio ao frio da manhã e à movimentação intensa das forças de segurança, um suspeito tentou fugir enrolado em um cobertor.

Operação em Manguinhos tem um suspeito morto e 3 feridos; mais cedo, grupo correu na chegada da polícia

Reprodução/TV Globo

Confronto e feridos

A ação foi coordenada por agentes da 21ª DP (Bonsucesso) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com foco em desarticular uma facção criminosa que atua na região. Segundo informações da polícia, um grupo de suspeitos foi surpreendido com a chegada dos agentes. As imagens da fuga foram registradas pelo Globocop.

Durante o confronto, um homem morreu e outros três foram baleados. Os feridos foram levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos e, posteriormente, transferidos para o Hospital Getúlio Vargas.

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Material apreendido

Os policiais localizaram um veículo que estava carregado com materiais de uso tático, como coletes à prova de balas, botas e uniformes semelhantes aos utilizados por forças de segurança. Segundo os investigadores, o material pode ter sido usado para simular ações de policiamento e enganar rivais ou a própria população.

Jacaré em imóvel da comunidade

Outro destaque inusitado da operação foi a apreensão de um filhote de jacaré encontrado dentro de um imóvel na comunidade. O animal foi recolhido pelos agentes.

Objetivo da Operação Torniquete

A ação faz parte da chamada Operação Torniquete, que tem como objetivo combater crimes como roubo, furto e receptação de cargas e veículos, geralmente usados para financiar as atividades da quadrilha. A polícia afirma que a área funciona como uma base logística para o tráfico de drogas e roubo de cargas.

Ainda de acordo com os agentes, há conexões entre criminosos de diferentes comunidades, que realizam travessias e trocam informações para manter o controle da região.

Trabalhadores da Fiocruz em risco

A proximidade da comunidade do Mandela com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) causou dificuldades para os funcionários da instituição. Alguns trabalhadores relataram que precisaram se abaixar dentro de um ônibus fretado ao se verem em meio ao fogo cruzado. A direção da Fiocruz informou que está monitorando a operação e orientou os colaboradores a utilizarem a entrada pela Avenida Brasil como rota alternativa de acesso.

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Linhas de ônibus afetadas

Segundo a Rio Ônibus, a ação também impactou o transporte público da região. Duas linhas precisaram alterar seus trajetos por questões de segurança:

  • 350 (Irajá x Castelo)

  • 634 (Bananal x Saens Peña)

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