O rapper Mauro Davi Nepomuceno, conhecido como Oruam, foi transferido de uma cela individual para uma cela coletiva na Penitenciária Dr. Serrano Neves, na unidade de segurança máxima Bangu 3, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (4) pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), após nova audiência de custódia que decidiu manter a prisão do artista. As informações são da colunista Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.
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O cantor Oruam se entregou à polícia no dia 22 de julho — Foto: Kleyton Cintra/TV Globo
A realocação segue os protocolos padrão do sistema prisional, segundo a Seap, e ocorre após avaliação do perfil do detento. O rapper, que estava isolado desde que foi detido em 22 de julho, passa agora a dividir espaço com outros presidiários.

Oruam precisou pintar o cabelo no presídio – Foto: Reprodução/CNN
Vale destacar que Bangu 3 abriga presos ligados à uma facção criminosa que tem alguns de seus principais líderes na unidade. Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, Marcinho VP, apontado pelas autoridades como um dos chefes do Comando Vermelho.
Sete acusações
Segundo inquérito da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Oruam responde, em regime fechado, a sete acusações: Tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal. Ainda de acordo com a polícia, o imóvel do cantor estaria sendo utilizado como abrigo para foragidos da Justiça.
Relembre o caso
O episódio ocorreu na madrugada de 22 de julho, durante uma operação na casa do rapper para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor investigado por tráfico e roubo. Segundo o MPRJ, Oruam e seus amigos impediram a ação policial e atiraram pedras contra os agentes, uma delas pesando cerca de 5 kg, de uma altura de 4,5 metros. Ainda segundo o órgão, “houve risco real de morte, já que os objetos poderiam atingir o crânio dos policiais”. A perícia confirmou que as pedras arremessadas eram semelhantes às do jardim da residência do rapper.
O MPRJ afirma que o crime foi cometido por motivo torpe e com uso de meio cruel, o que pode enquadrá-los na Lei dos Crimes Hediondos. Oruam chegou a gravar vídeos do momento da abordagem e depois postou nas redes sociais desafiando as autoridades. Após a prisão, a assessoria de imprensa do artista divulgou uma nota alegando que ele agiu em um momento de “desespero e legítima defesa”.
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