Gilberto Gil concedeu sua primeira entrevista após a morte da filha, Preta Gil, que faleceu aos 50 anos, em 20 de julho, vítima de um câncer no intestino contra o qual lutava há dois anos e meio. Nos últimos meses, a cantora estava nos Estados Unidos realizando um tratamento experimental. Durante a conversa, o músico foi questionado se, antes da partida, teve uma última conversa com a filha, já consciente de que seria a derradeira. “Não, sabendo que era a última conversa não. Porque o mistério da vida continuava tão intenso quanto o mistério da morte”, respondeu emocionado.

Gil relembrou o período final de tratamento de Preta, marcado por sua determinação. “Essa luta intensa pela vida nos comovia e nos chamava à responsabilidade. Ela resolveu ir com empenho e amor à vida… Então, esses últimos tempos foram de acompanhá-la e cercá-la do maior conforto possível.” O cantor também recordou a última apresentação da filha, em abril deste ano, quando cantaram juntos Drão, música feita para a mãe de Preta. “Foi a última vez que ela esteve no palco… Essa saúde espiritual estava muito forte na vida dela”, disse, visivelmente tocado.

No velório, realizado em 25 de julho, Gil destacou o apoio recebido: “Tem um lado de bálsamo, algo que conforta um pouco. Ajuda a resistir à dor e ao sofrimento da perda.”

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O artista lembrou que esta não foi a primeira vez que perdeu um filho. Em 1990, Pedro, de 19 anos, morreu em um acidente de carro. “Às vezes, os velhos têm a impressão de que os filhos vão enterrá-los. Mas às vezes, não. Na época, me pronunciei muito enfaticamente. Com Preta, tivemos tempo para, de certa forma, nos acostumarmos com a ideia, já que o diagnóstico era muito duro e as expectativas de cura, pequenas.”

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Falando sobre o legado da filha, Gil destacou: “Ela viveu uma vida que nos ensina muita coisa. Nos indica direções, escolhas, valores a cultivar. Era entusiasta da ideia de viver para que a vida seja melhor, para ela e para todos. É o que fica dela, além da saudade.” Sob o olhar de pai, ele definiu Preta como a “mais espevitada” entre os filhos. “Era uma menina incrível. Pretinha”, disse.

E concluiu: “Estamos naturalmente tristes, ainda tendo que nos acostumar com a falta. Ela era muito cheia de vida, intensa no afeto, mas já vinha com um sofrimento prolongado.” Confira a entrevista completa:

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