A Justiça de São Paulo determinou a soltura dos empresários Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, presidente da Fast Shop, que estavam presos temporariamente no âmbito da Operação Ícaro. A decisão inclui o pagamento de fiança de R$ 25 milhões, uso de tornozeleira eletrônica e entrega dos passaportes.

Reprodução/Ultrafarma

Operação Ícaro

A investigação, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por meio do Gedec (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), apura um suposto esquema bilionário de propina para fraudar créditos fiscais da Secretaria da Fazenda. Segundo os promotores, empresas como Fast Shop, Ultrafarma, Oxxo e Kalunga teriam se beneficiado de uma “assessoria criminosa” prestada pelo auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como o operador central do esquema.

O suposto operador do esquema

Artur é acusado de movimentar cerca de R$ 1 bilhão por meio de uma empresa registrada em nome da mãe, cujo patrimônio teria crescido de R$ 411 mil para R$ 2 bilhões entre 2023 e 2025. De acordo com o MPSP, ele acelerava e inflava ressarcimentos de créditos fiscais em troca de propinas milionárias.

Diferentemente dos empresários, o Ministério Público defende a manutenção da prisão de Artur Gomes e avalia a possibilidade de um acordo de colaboração premiada, que poderia revelar mais detalhes sobre empresas envolvidas.

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Soltura dos empresários

Sidney Oliveira e Mário Otávio Gomes haviam sido presos na última quarta-feira (13), com prazo de prisão temporária de cinco dias. Foram liberados nesta sexta-feira (15), um dia antes do término do prazo, após o pagamento da fiança. O MPSP decidiu não pedir a prorrogação da prisão, entendendo que as medidas cautelares (tornozeleira e retenção dos passaportes) são suficientes para evitar fuga.

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Nota da Ultrafarma

Após a soltura de Sidney Oliveira, a Ultrafarma divulgou nota oficial enviada à coluna de Fábia Oliveira. A empresa afirmou estar colaborando com a investigação e reforçou seu compromisso com a transparência:

“A Ultrafarma informa que está colaborando com a investigação, as informações veiculadas serão devidamente esclarecidas no decorrer do processo e demonstrará a inocência no curso da instrução. A marca segue comprometida com a transparência, a legalidade e trabalho legítimo, sobretudo, com a confiança que milhões de brasileiros depositam diariamente na empresa”.

Reprodução/X

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