Embarcação desaparece perto de ilha proibida no litoral paulista; corpos são localizados

O corpo de uma mulher foi resgatado nesta terça-feira (26), na Barra do Sahy, em São Sebastião (SP), e pode ser de uma das tripulantes da lancha “Jany”. A embarcação desapareceu no sábado (23), perto da Ilha da Queiimada Grande, conhecida como Ilha das Cobras. Segundo a CNN Brasil, um segundo corpo foi avistado por um avião da FAB e será retirado pelos Bombeiros.

Corpo de Maria Aparecida da Silva Dias, de 56 anos, (à esq.) que desapareceu após naufrágio em Itanhaém (SP) foi encontrado — Foto: Redes Sociais e Divulgação/CPSP

O resgate do primeiro corpo ocorreu por volta das 15h. A mulher estava usando colete salva-vidas. O segundo corpo foi avistado pela Força Aérea Brasileira (FAB), a cerca de 9 km da costa da Barra do Sahy. Ainda de acordo com a CNN, a embarcação dos Bombeiros fará a retirada do corpo da água.

Desaparecimento

O alerta sobre o naufrágio chegou ao Corpo de Bombeiros Marítimo (GBMar) por volta das 18h de sábado (23), via proprietário de uma marina local. Ele informou que uma das vítimas havia entrado em contato pedindo ajuda, mas a comunicação se perdeu em seguida.

A última localização conhecida era próxima à Ilha das Cobras. “A embarcação em questão é uma lancha de 21 pés, equipada com motor Yamaha de 60HP, cuja última localização resgitrada foi nas coordenadas 24º20’19,8″S / 46º36’19,02″W”, afirmou a corporação ao g1.

Inicialmente,o Grupamento de Bombeiros Marítimos começou as buscas, mas devido à distância em bar aberto, a operação foi transferida para a Marinha. De acordo com o g1, as vítimas desaparecidas foram identificadas como o veterinário Bruno Silva Dias e seus pais, Lucídio Francisco Dias e Maria Aparecida da Silva Dias.

Veterinário Bruno Silva Dias (à dir.) e o pai dele Lucídio Francisco Dias (à esq.) continuam desaparecidos após naufrágio em Itanhaém, SP — Foto: Redes Sociais

Ilha proibida

Localizada a quase 35 km do litoral paulista, na área próxima a Itanhaém, a Ilha das Cobras não possui praias, tornando a aproximação de embarcações bastante difiícil. O local possui a segunda maior concentração de cobras do mundo.

A ilha abriga uma espécie de cobra única da região, a jararaca-ilhoa, cujo veneno é mais potente do que o da jararaca da plataforma continental brasileira. A prefeitura alerta que tem atividades como pesca são proibidas em um raio de 1 km. Apenas biólogos e membros da Marinha têm permissão para desembarcar. A população de cobras é estimada em até 25 mil indivíduos, e uma picada pode ser fatal em até seis horas.

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