Os desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiram, nesta quinta-feira (11), negar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do rapper Oruam. O artista, que está preso há aproximadamente 50 dias, continuará em regime de prisão preventiva. A relatora do caso, desembargadora Márcia Perrini Bodart, justificou a manutenção da prisão como necessária para “garantir a ordem pública e proteger a paz social”.

Segundo a magistrada, as manifestações de Oruam contra policiais representaram uma afronta à tranquilidade da sociedade. O julgamento contou com a presença de familiares e amigos próximos do cantor. Entre eles estavam a mãe de Oruam, Márcia Gama dos Santos Nepomuceno, sua noiva, Fernanda Valença, e o irmão, Lucca Nepomuceno. Também compareceram o MC Poze do Rodo, amigo pessoal do artista, e a influenciadora Vivi Noronha. Os advogados responsáveis pelo caso já anunciaram que irão recorrer da decisão junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Prisão em julho

Oruam foi detido em 22 de julho de 2025, durante uma operação policial em sua residência, no Rio de Janeiro. Na ocasião, agentes civis cumpriam um mandado contra um adolescente que estaria no local. A ação resultou em um confronto, durante o qual o rapper teria atirado pedras contra a viatura policial. Após o tumulto, ele se refugiou no Complexo da Penha, na Zona Norte, mas posteriormente decidiu se entregar às autoridades.

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Desabafo da noiva

Logo após a divulgação da decisão judicial, Fernanda Valença, noiva do cantor, gravou um vídeo emocionado em suas redes sociais. A influenciadora não escondeu a revolta com o desfecho: “Estou muito triste, com muita raiva, estou incrédula. Sinceramente, a gente só sabe o que é passar por algo quando a gente passa”, desabafou. Fernanda afirmou sentir que houve “injustiça” e declarou que alguns magistrados sequer teriam analisado os documentos apresentados pela defesa.

Críticas à abordagem policial

A noiva também aproveitou o pronunciamento para criticar a atuação da polícia no dia da prisão, negando todas as acusações de envolvimento do artista com o tráfico de drogas. “Não tem prova, nunca tiveram prova, porque isso não existe. O Mauro nunca foi traficante, nunca foi associado ao tráfico. Por que um artista que ganha milhões iria se associar ao tráfico? Não faz sentido”, disse, referindo-se ao nome de batismo do cantor. Ela acrescentou que a atitude de lançar pedras não foi dirigida aos policiais, mas sim ao veículo utilizado na operação.

Apesar da indignação, Fernanda encerrou seu discurso com palavras de esperança e agradecimento. “Continuar orando, acreditando. Deus vai honrar no tempo dele. Obrigada a todos pelas palavras, orações e mensagens positivas. Venceremos essa guerra.”

Veja a seguir: Preso, Oruam escreve carta aos fãs: “Aceito meu castigo”

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