Uma denúncia recente pode trazer uma reviravolta no caso de Isabella Nardoni, que chocou o Brasil há 17 anos. Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, nessa sexta-feira (12), a Associação do Orgulho LGBTQIAPN+ enviou uma representação ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra Antônio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni – condenado pela morte da própria filha.

Isabella Nardoni com a mãe - Foto: Reprodução

Isabella Nardoni com a mãe – Foto: Reprodução

Nova denúncia

De acordo com o documento, o avô teria tido participação ativa no assassinato da menina, ocorrido em 2008. A acusação surgiu após o relato de uma policial penal, responsável por acompanhar Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella condenada pelo crime. Segundo a profissional. Jatobá teria afirmado que Antônio participou diretamente da ação.

Isabella Nardoni - Foto: Reprodução

Isabella Nardoni – Foto: Reprodução

“Segundo o relato da servidora pública, o referido indivíduo teria prestado auxílio consciente aos autores do crime, colaborando com a criação de um álibi para acobertar os réus”, disse um trecho do documento.

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A denúncia ainda apontou que o avô teria atuado “de forma efetiva ou instigadora na execução da vítima que, à época, ainda se encontrava com sinais vitais quando foi arremessada da janela”. O pai de Alexandre Nardoni não foi investigado pelo assassinato da neta.

Pedido de investigação

A petição reforça ainda que a policial teria medo de formalizar a denúncia por receio de represálias. Por isso, a associação pediu a “instauração ou reabertura” de inquérito policial para apurar a suposta participação de Antônio no crime, além de medidas de proteção à agente.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá - Foto: Reprodução

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá – Foto: Reprodução

Agripino Magalhães Júnior, deputado estadual suplente por São Paulo e presidente da Associação do Orgulho LGBTQIAPN+, afirmou à colunista que a justiça precisa ser feita. Ele também repudiou que tanto Alexandre como Anna Carolina cumpram a pena em regime aberto.

“É revoltante ver Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá circulando livremente entre nós, como se nada tivessem feito. Esse casal tirou a vida de uma criança de forma brutal, covarde e imperdoável. Não são pessoas comuns, são monstros que carregam nas mãos o sangue da própria filha e enteada”, declarou.

“A sociedade não pode se calar diante dessa afronta: precisamos de proteção, precisamos de justiça real. Gente assim não merece conviver em meio à coletividade, porque o que representam é ameaça, dor e medo. Meu total repúdio a esse casal que jamais deveria ter o direito de caminhar entre nós como se fossem inocentes”, acrescentou.

Relembre o caso

Nardoni foi considerado culpado pelo assassinato da filha, arremessada do sexto andar do prédio onde ele morava com Anna Carolina Jatobá. O crime ocorreu em 29 de março de 2008, na capital paulista.

Isabella Nardoni - Foto: Reprodução

Isabella Nardoni – Foto: Reprodução

Ele foi condenado a 30 anos de prisão, cumprindo 16 deles em regime fechado. Caso a decisão tomada pela Justiça não seja revertida, Alexandre deverá cumprir os últimos 14 anos de sua pena em liberdade.

Como apontado pela investigação, o delito foi classificado como homicídio. A criança foi agredida pelos responsáveis e, ao acharem que estava morta, acabou arremessada. Alexandre e Anna Carolina foram condenados em 2010 em na época, encaminhados à penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni - Foto: Reprodução

Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni – Foto: Reprodução

Jatobá, por sua vez, recebeu uma sentença de 26 anos e cumpre pena na Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé (SP). Em 2017, ela também conseguiu ir para o regime semiaberto e, desde então, é beneficiada com as saídas temporárias, Mesmo com as acusações e condenação, o casal sempre negou ter cometido o crime.

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