Deputados estaduais da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) querem ouvir o funkeiro MC Poze do Rodo a respeito da rápida devolução de seu carro de luxo, roubado e recuperado em poucas horas. O artista havia publicado vídeos afirmando que tinha certeza de que o veículo seria restituído e declarou ser “querido” pelos moradores do Rio. O deputado Alexandre Knoploch (PL), presidente da CPI das Câmeras, anunciou nesta segunda-feira (22) a intenção de convocar MC Poze para prestar esclarecimentos.
Segundo ele, é necessário entender as circunstâncias da devolução do automóvel. “É importante que esta CPI investigue como o carro retornou. Eu mesmo já tive um veículo roubado e não tive essa certeza de devolução. Aliás, o meu nunca voltou”, declarou o parlamentar.
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O caso
O carro, uma SUV Defender avaliada em mais de R$ 900 mil, foi roubado na última quinta-feira (18), no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Poucas horas depois, criminosos divulgaram um vídeo afirmando que devolveriam o veículo “com o tanque cheio”. Em seguida, o automóvel foi restituído ao funkeiro. MC Poze agradeceu nas redes sociais: “Obrigado a quem se preocupou, mas nem era muito de se preocupar. Rio de Janeiro, nós é queridão [sic]”, escreveu. O cantor também afirmou que recebeu mensagens de moradores indicando a localização do carro.
Roubaram o carro do Poze e em 1 horinha os cara devolveram o carro e ainda encheram o tanque.
VSF KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
— REAL MIL GRAU (@realmilgrauu) September 18, 2025
CPI investiga esquema
A CPI da Alerj apura uma possível ligação entre empresas, pessoas físicas e organizações criminosas no pagamento de “resgate” para devolução de veículos roubados e furtados. De acordo com os deputados, algumas dessas empresas cobrariam valores muito superiores aos praticados por seguradoras tradicionais.
Depoimento
O depoimento de MC Poze foi marcado para 6 de outubro. Inicialmente, ele não é obrigado a comparecer, já que foi apenas convidado. No entanto, caso se recuse, a CPI poderá convertê-lo em convocação, tornando sua presença obrigatória. Se comparecer, o cantor terá de falar a verdade na condição de testemunha. Caso minta, poderá ser preso em flagrante. Ele também tem o direito de permanecer em silêncio, mas atitudes de deboche ou desrespeito aos parlamentares podem resultar em voz de prisão.
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