A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a proibição e apreensão de todos os lotes do Café Torrado e Moído Extraforte e Tradicional, da marca Câmara, após constatar graves irregularidades no produto. A medida, publicada na última terça-feira, impede a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e consumo do café em todo o território nacional.

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Origem desconhecida e fragmentos de vidro
De acordo com a SAPS (Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde) do Rio de Janeiro, a origem do café era desconhecida, e as empresas informadas na embalagem, Sociedade Abast do Com e da Ind de Panif Sacipan S/A e Lam Fonseca Produtos Alimentos Ltda., não estavam regularizadas junto aos órgãos competentes.
A situação se agravou após um laudo técnico emitido pelo LACEN-RJ (Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels), que identificou fragmentos semelhantes a vidro em um dos lotes analisados. O resultado levou à interdição de todas as unidades do produto, por representar risco à saúde dos consumidores.
Suplementos da Axis Nutrition também são proibidos
Na mesma resolução, a Anvisa também proibiu a comercialização, distribuição e fabricação de suplementos e alimentos da marca Axis Nutrition. A decisão foi tomada após uma fiscalização realizada entre os dias 15 e 17 de setembro, que revelou falhas graves nas boas práticas de fabricação.
Entre as irregularidades encontradas estavam:
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Ausência de responsável técnico habilitado;
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Falhas no controle de qualidade e segurança da água potável;
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Falta de registros das operações e rastreabilidade dos produtos;
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Programa de Controle de Alergênicos (PCAL) inadequado;
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Seleção incorreta de matérias-primas;
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Falta de controle de estabilidade dos produtos acabados.
O que diz a empresa Axis Nutrition?
Em nota, a Axis Nutrition confirmou ter sido submetida à fiscalização e afirmou ter apresentado toda a documentação solicitada pela agência, incluindo notas fiscais, registros de produção e manuais de boas práticas:
“Fiquei satisfeito com a fiscalização, pois nos motivou a melhorar ainda mais nossos processos e poder certificar nossos clientes e consumidores da qualidade dos nossos produtos. Tivemos uma interdição sanitária momentânea, mas nossa empresa não foi lacrada, nem foi solicitado o recolhimento dos nossos produtos”, declarou Gilson José Teixeira, diretor da marca.
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A empresa informou ainda que já realizou os ajustes estruturais solicitados e pretende se apresentar ao núcleo de inspeção sanitária nos próximos dias para comprovar o cumprimento das exigências da Anvisa.
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