O Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou com um pedido na Justiça para que a empresa WePink, comandada pela influenciadora digital Virginia Fonseca, suspenda imediatamente a venda de seus produtos por meio de transmissões ao vivo (lives). A solicitação faz parte de uma tutela de urgência protocolada pelo órgão, com o objetivo de proteger os consumidores diante de diversas denúncias de práticas abusivas atribuídas à marca. De acordo com informações divulgadas pelo Bom Dia Goiás, o Ministério Público também pediu a adoção de medidas emergenciais para garantir que os direitos dos clientes sejam respeitados e que a empresa modifique seus canais de atendimento e comercialização.
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Segundo a Promotoria de Defesa do Consumidor, as reclamações contra a WePink cresceram de forma alarmante nos últimos meses. Apenas em 2025, já foram registradas mais de 90 mil queixas no site Reclame Aqui, além de aproximadamente 340 registros formais no Procon, contabilizando ocorrências entre 2024 e 2025. As investigações do MP apontam para uma série de irregularidades graves, como a remoção de críticas nas redes sociais e plataformas de venda, atrasos na entrega dos produtos, ausência de respostas aos consumidores, dificuldade em obter reembolso, produtos com defeito e até diferenças entre o item anunciado e o recebido. Em alguns casos, as entregas teriam demorado mais de sete meses.
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Diante das irregularidades, o Ministério Público solicitou à Justiça que a WePink seja obrigada a suspender imediatamente as vendas realizadas por lives, implantar um sistema de atendimento humano com resposta em até 24 horas, e garantir o reembolso aos clientes em até sete dias. Além disso, a medida prevê que todos os produtos adquiridos sejam entregues conforme o prometido, sob pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento.
O MP também pediu uma indenização coletiva de R$ 5 milhões por danos morais, permitindo que cada consumidor possa buscar reparação individual. O promotor responsável pelo caso destacou que os próprios sócios da empresa admitiram, em uma transmissão ao vivo, ter vendido produtos sem possuir estoque suficiente, o que caracteriza publicidade enganosa. O Ministério Público ainda ressaltou que o uso da imagem de Virginia Fonseca amplia a vulnerabilidade dos consumidores — especialmente jovens e fãs da influenciadora, que confiam em sua credibilidade e acabam sendo mais facilmente influenciados pelas campanhas da marca.
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