Em uma pequena cidade da Turquia, um homem virou notícia mundial não por uma invenção, mas por uma decisão desesperada. Em 2013, Ibrahim Yücel, então com 42 anos, decidiu que a única forma de vencer o cigarro seria… trancar a própria cabeça dentro de uma gaiola de metal.

Por mais absurda que pareça, a medida foi real e meticulosamente planejada. Yücel, que fumava dois maços por dia há mais de 20 anos, construiu com as próprias mãos um capacete feito de fios de cobre e cadeados. A estrutura lembrava uma mistura entre armadura medieval e gaiola de passarinho — mas, em vez de proteger ou aprisionar algo externo, ele a usava para se proteger de si mesmo.

Homem toma atitude drástica e tranca cabeça em uma gaiola para parar de fumar

Foto: Reprodução

O motivo foi trágico e profundamente pessoal. O pai de Ibrahim havia morrido de câncer de pulmão, vítima do mesmo vício que o filho lutava para abandonar. O medo de seguir o mesmo destino o levou a uma atitude extrema: impedir fisicamente o acesso ao cigarro.

Para garantir que o plano funcionasse, Yücel entregou as chaves da gaiola à esposa e à filha. Somente elas podiam abrir o cadeado — e apenas durante as refeições ou quando ele precisava beber água. No restante do tempo, ele vivia literalmente enclausurado dentro de seu próprio arrependimento, andando pelas ruas de Kütahya sob olhares de espanto, curiosidade e, em alguns casos, admiração.

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KSA Expats on X: "In 2013, Turkish man Ibrahim Yücel wore a cage on his head to quit smoking. Only his wife holds the key, unlocking it for meals. This extreme measure

Foto: Reprodução

A imagem do homem com a cabeça cercada por arames circulou o mundo e virou manchete em portais de todos os continentes. Enquanto uns o chamavam de louco, outros o viam como símbolo de disciplina e coragem. Ibrahim dizia não se importar com os julgamentos: “Prefiro parecer estranho do que morrer por causa do cigarro.”

O método — se é que pode ser chamado assim — gerou debate entre médicos e psicólogos. Muitos apontaram que o gesto era um exemplo extremo de “controle aversivo”: criar barreiras físicas para evitar o contato com o objeto do vício. Outros lembraram que o sucesso duradouro depende mais de apoio psicológico do que de grades.

Ninguém sabe ao certo se Yücel conseguiu manter-se longe do tabaco definitivamente. Após a repercussão, ele evitou entrevistas e sumiu dos holofotes. Mas sua história continua sendo contada como uma mistura de alerta e curiosidade — um retrato literal da luta interna entre desejo e autocontrole.

Hoje, mais de uma década depois, a “gaiola da cabeça” de Ibrahim segue como uma das imagens mais bizarras e simbólicas da luta contra o vício. Um lembrete de que, às vezes, a prisão mais difícil de escapar é aquela que criamos para proteger a nós mesmos.

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