Companhias aéreas estudam adotar assentos em pé a partir de 2026; saiba mais

Uma empresa italiana de design de assentos gerou polêmica nas redes sociais após imagens de um protótipo de “assento em pé”, ou vertical, viralizarem. Por enquanto, trata-se apenas de um conceito “provocativo”, criado com o objetivo de “desafiar os limites do que as viagens aéreas poderiam se tornar no futuro”. Batizado de Skyrider 2.0, o modelo tem um formato acolchoado que lembra um assento de bicicleta ou um brinquedo de parque de diversões.

O design permite que o passageiro se apoie em um ângulo inclinado, sem se sentar completamente. A ideia foi apresentada pela primeira vez em 2012 e, agora, em sua versão atualizada, ganhou um protótipo físico testado por funcionários da empresa. “Fiquei nele por apenas cinco minutos”, contou ao portal britânico Daily Mail um porta-voz da Aviointeriors, companhia responsável pela criação. “Eu ando a cavalo, então achei confortável. Mas não sei como seria a sensação após duas ou três horas.”

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Inicialmente, o projeto previa assentos fixados em trilhos. Na nova versão, o design foi reforçado com estruturas verticais que conectam o chão ao teto e recebeu mais acolchoamento para aumentar o conforto. Em um comunicado de 2018, a Aviointeriors afirmou que o conceito poderia “ampliar o acesso à experiência de viagem” e “aumentar os lucros das companhias aéreas”, além de reduzir os custos de manutenção devido à simplicidade das peças.

Caso fosse implementado, o Skyrider poderia elevar em cerca de 20% a capacidade de passageiros nos aviões. Em 2012, o CEO da empresa chegou a sugerir que as passagens para esses “assentos em pé” custariam entre 1 e 5 euros (aproximadamente R$ 6,50 a R$ 32). Após a recente repercussão negativa nas redes sociais, a Aviointeriors reforçou, em publicação no Instagram, que o Skyrider 2.0 é apenas um conceito.

“O Skyrider, muitas vezes confundido com um assento pronto para uso em aeronaves comerciais, é na verdade um protótipo conceitual criado em 2012”, explicou a empresa. “Foi desenvolvido como uma resposta ousada aos desafios da aviação moderna, buscando otimizar espaço e ergonomia. Nunca foi planejado para produção em massa, mas como um exercício provocativo de inovação em design.”

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A Aviointeriors, que fabrica assentos de luxo para jatos executivos e companhias aéreas ao redor do mundo, afirma estar “atenta às demandas do mercado” e garante que o Skyrider não faz parte de sua linha oficial. “Mas quem sabe o que o futuro da aviação nos reserva?”, conclui o comunicado. Nas redes sociais, as reações foram majoritariamente negativas. Críticos classificaram a proposta como “ridícula” e chegaram a compará-la a “assentos de navio negreiro”. Um internauta resumiu: “Tratem seres humanos como seres humanos”.

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