Uma brincadeira simples, colorida e esperada por muitas crianças virou motivo de polêmica em Antônio João, no interior do Mato Grosso do Sul. O prefeito Agnaldo Marcelo da Silva Oliveira, conhecido como Marcelo Pé, decidiu proibir o tradicional “Cabelo Maluco” nas escolas municipais — uma atividade comum durante a Semana da Criança, em que os alunos aparecem com penteados extravagantes, tintas e adereços divertidos.

A medida, que deve ser oficializada por decreto municipal, foi justificada pelo prefeito como uma tentativa de valorizar a simplicidade e evitar o que ele considera “disputas desnecessárias” entre os estudantes. Segundo Marcelo Pé, o evento “não agrega em nada à educação” e ainda pode gerar custos extras para famílias que se sentem pressionadas a participar.

“A gente quer incentivar brincadeiras que todas as crianças possam aproveitar igualmente, sem precisar gastar com tinta, gel, glitter ou acessórios”, afirmou o prefeito em entrevista a rádios locais.

Apesar das boas intenções alegadas, a decisão caiu como uma bomba nas redes sociais. Pais, professores e moradores da cidade reagiram com indignação, dizendo que o “Cabelo Maluco” sempre foi um momento de criatividade, alegria e união familiar.

Criança com 'cabelo maluco' de galo em Maringá diverte a web

Foto: Reprodução

“Era uma data esperada o ano inteiro. As crianças ficavam ansiosas, se preparavam junto com os pais. Agora foi tudo cancelado, e sem diálogo”, lamentou uma moradora.

Veja também: cupom de desconto exclusivo do site na Shopee aqui

Nas escolas, o clima é de frustração. Alguns educadores afirmam que o evento servia como expressão artística e estímulo à autoestima infantil, e que proibi-lo é “tirar o colorido” de um dos poucos momentos de descontração no ambiente escolar. Outros, porém, concordam com o prefeito, dizendo que a iniciativa pode reduzir desigualdades entre os alunos e evitar constrangimentos com comparações ou brincadeiras ofensivas.

A polêmica se espalhou pela cidade e chegou até perfis de influenciadores regionais, reacendendo uma discussão mais ampla: até que ponto a escola deve intervir nas expressões individuais das crianças?

Enquanto uns pedem a revogação do decreto, outros defendem a medida como um passo em direção a uma educação mais igualitária e menos estética.

Cabelo maluco menino

Foto: Reprodução

Por ora, o “Cabelo Maluco” está fora do calendário escolar de Antônio João. Mas o debate sobre o equilíbrio entre disciplina e criatividade, tradição e igualdade, promete continuar bem mais vivo — e barulhento — do que qualquer penteado colorido.

Categorized in:

Notícia,

Tagged in:

,