Um brasileiro de 25 anos foi preso na Indonésia sob acusação de tráfico internacional de drogas após desembarcar com 3 kg de cocaína escondidos em sua bagagem. O caso, que envolve a atuação como “mula” do narcotráfico, levanta preocupações devido à rigidez das leis indonésias, que preveem até pena de morte para esse tipo de crime.

Reprodução: ANTARA/Rolandus Nampu/rst
Prisão no aeroporto de Bali
Yuri Bezerra da Costa foi detido no dia 13 de julho, logo após chegar ao Aeroporto Internacional de Bali. Segundo informações da polícia local, a droga foi detectada quando a bagagem do brasileiro passou pelo raio-x. Os agentes encontraram cerca de 3 quilos de cocaína entre os pertences dele.

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Confissão e promessa de pagamento
Durante interrogatório, Yuri teria admitido que transportava o entorpecente e afirmou que receberia uma quantia total de R$ 150 mil pelo serviço. O porta-voz da polícia de Bali, Sinar Subawa, informou em coletiva de imprensa que ele “recebeu R$ 2.700 adiantados e receberia o restante após a entrega”.
Ainda de acordo com Subawa, o jovem afirmou ter recebido a droga de um homem identificado apenas como “Tio Paulo” e deveria entregá-la a outro indivíduo que vive em Bali. A identidade e a nacionalidade do destinatário, no entanto, não foram reveladas.
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Riscos e histórico de execuções
A Indonésia adota uma política extremamente rigorosa em relação ao tráfico de drogas. A legislação local prevê a pena de morte por fuzilamento para casos como o de Yuri. Atualmente, há uma lista de pessoas no país aguardando execução por crimes relacionados ao narcotráfico.
O Brasil já registrou dois casos semelhantes no país: Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte foram executados em 2015. Ambos haviam sido condenados pelo mesmo crime.
Posição do governo brasileiro
O Ministério das Relações Exteriores, por meio de nota enviada ao portal UOL, declarou que “presta assistência consular ao cidadão brasileiro, por meio da Embaixada em Jacarta”. O Itamaraty, porém, não forneceu mais detalhes sobre o caso, alegando respeito à privacidade do detido.
Até o momento, não há informações sobre a defesa de Yuri nem sobre o posicionamento de sua família.
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