Arlindo Cruz tratava vício antes de sofrer AVC; saiba

Arlindo Cruz travou uma batalha íntima contra o vício em cocaína. De acordo com relatos de seu filho Arlindinho, o sambista buscou tratamento por diversas vezes e chegou a ficar vários meses sem consumir a droga pouco antes do Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o afastou dos palcos em 2017. Arlindinho contou que seu pai revelou o problema a ele por volta dos 11 anos, e manteve a situação em sigilo por respeito à irmã mais nova, até que pouco antes do AVC ela soube da dependência.

Arlindo e Arlindinho — Foto: Reprodução/Instagram

Detalhes em livro biográfico

A biografia ‘O Sambista Perfeito’, escrita por Marcos Salles, detalha esse período delicado, com depoimentos da família e amigos sobre as tentativas de Arlindo de interromper o uso. Segundo o autor, o cantor estava quase sem traços da substância quando sofreu o derrame. Naquele momento, Arlindo vivia o que Arlindinho chamou de “melhor fase da vida”, dedicando-se a lançar o filho como artista e acreditar em uma recuperação, planos interrompidos abruptamente pelo AVC.

‘O Sambista Perfeito’ é o título de biografia de Arlindo Cruz, assinada pelo autor Marcos Salles — Foto: Divulgação

Pouco tempo depois de revelar publicamente a dependência química, o cantor sofreu um AVC, em 2017. Desde então, Arlindo vivia sob cuidados médicos e, segundo o filho, ainda apresentava respostas a estímulos e interagia por meio de expressões faciais. Arlindinho destacou o esforço do pai em cuidar da família, mesmo enfrentando problemas com as drogas.

“Ele já tinha tentado se tratar outras vezes, mas nunca tinha conseguido ficar tanto tempo sem usar droga alguma. Mesmo com todas as suas loucuras, sempre pensou na família. Comprou imóveis, garantiu uma vida digna para todos nós”, relatou.

O cantor reforçou que, apesar da dependência, Arlindo Cruz sempre foi um pai presente e carinhoso. “Foi um amigo maravilhoso para todos que estavam ao redor”, afirmou. Arlindinho revelou que soube do vício do pai ainda criança. “Ele me contou quando eu tinha 11 anos. Desde então, peguei aversão a drogas. Trato bem todo mundo, até quem usa, mas eu não uso. Minha vibe é outra. Meu pai era um cara tão vencedor, inteligente, amigo, educado. Ele só fez mal para ele mesmo. Para o mundo, ele só fez o bem”, concluiu.

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Você sabia que Arlindo Cruz enfrentou esse vício?