Fausto Silva passou por mais dois transplantes após ser internado com uma infecção bacteriana. Ele recebeu um fígado novo e também realizou o retransplante renal. Os novos procedimentos de Faustão resultaram, mais uma vez, em acusações de que ele teria furado a fila para conseguir os órgãos.
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O apresentador Fausto Silva, o Faustão, em uma de suas internações em São Paulo para transplante de órgãos. — Foto: Reprodução/Instagram
Sendo assim, a Central de Transplantes do Estado de São Paulo se manifestou a agilidade de Faustão para obter a doação de órgãos. O apresentador passou por um transplante de fígado e um transplante renal nesta semana, e se tornou alvo de questionamentos nas redes sociais quanto à rapidez para realizar as cirurgias.
A instância responsável pelo procedimento afirmou que tudo seguiu conforme “critérios de gravidade estabelecidos”. A Secretaria de Saúde também detalhou todas as inscrições de Faustão para a fila de transplantes. Segundo comunicado, o apresentador foi inscrito em maio de 2025 para transplante duplo de fígado e rim, depois de apresentar insuficiência hepática e renal.
“Recentemente, o paciente F. S. apresentou insuficiência hepática e renal sendo inscrito em maio de 2025, para transplante duplo, fígado/rim, e foi transplantado no dia 6 de agosto, seguindo os critérios de gravidade estabelecidos para este órgão”, informou a nota.
O que diz a Central de Transplantes?
A Central também relembrou os primeiros procedimentos de Faustão. Em agosto de 2023, ele recebeu um transplante de coração, conforme a prioridade definida para a cirurgia. Já em fevereiro de 2024, após complicações renais, o apresentador foi submetido a um transplante de rim. “Posteriormente, desenvolveu insuficiência renal e foi transplantado em fevereiro de 2024, seguindo a prioridade estabelecida em lei para pacientes transplantados e candidatos a transplante de outro órgão”, explicou.
Ainda conforme a Secretaria, a prioridade para os transplantes envolve múltiplos fatores, como a ordem cronológica de inscrição, a gravidade do quadro clínico, a disponibilidade do órgão e a inexistência de tratamentos alternativos. Além disso, reforça que, “com prioridade aos casos de urgência em que há risco de morte”, todos os procedimentos feitos pelo apresentador respeitaram os parâmetros previstos em lei.
Faustão está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde 21 de maio, para tratar um quadro de infecção bacteriana aguda com sepse. Ele vem passando por “controle infeccioso e reabilitação clínica e nutricional, com o objetivo de estabilizar seu estado de saúde”. Conforme o boletim médico, o retransplante renal já estava planejando há cerca de um ano e foi realizado na última quarta-feira (7), um dia após o transplante hepático.
Como funciona a fila de transplantes?
A fila de transplantes no Brasil é única, auditada e regida por critérios rigorosos que levam em consideração o tipo sanguíneo, a gravidade do quadro clínico e outras variáveis, como tamanho do órgão e tempo de espera – mas jamais se o paciente está em hospital particular ou público, e muito menos o tamanho de sua fortuna.
Vale destacar que para pacientes que já receberam transplantes prévios de órgãos sólidos, como rim ou coração, o fígado pode ser afetado ao longo dos anos por alterações metabólicas, uso prolongado de medicamentos e complicações decorrentes do pós-operatório.
Quando essas condições resultam na perda da função hepática, mas o órgão transplantado continua em bom funcionamento, os protocolos técnicos do Ministério da Saúde asseguram a esses pacientes prioridade na fila de espera, como forma de preservar a sobrevida e o êxito do transplante já realizado.
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