O influenciador paraibano Hytalo Santos, alvo de investigações por suposta exploração e exposição de menores em conteúdos nas redes sociais, foi preso preventivamente junto ao marido, Israel Natan Vicente, nesta sexta-feira (15), em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A prisão ocorreu no âmbito de uma operação conjunta do Ministério Público da Paraíba (MP-PB), Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Civil da Paraíba e de São Paulo, além da Polícia Rodoviária Federal. A defesa do influenciador afirma que a decisão judicial é ilegal e anunciou que entrará com pedido de habeas corpus.

Influenciador Hytalo Santos é preso em SP em investigação contra exploração de menores — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Influenciador Hytalo Santos é preso em SP em investigação contra exploração de menores — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Habeas corpus e posicionamento da defesa

Durante entrevista coletiva no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o advogado Felipe Cassimiro declarou que a decisão judicial é “genérica”. Segundo ele, “estamos diante de uma decisão ilegal”.
Outro advogado de defesa, Sean Abib, afirmou que ainda tomará conhecimento integral da decisão, mas que pretende ingressar com pedido de habeas corpus assim que tiver acesso aos autos. Ele reforçou a posição dos advogados ao declarar:

“Reafirmamos a inocência de Hytalo Santos, que sempre se colocou à disposição das autoridades. A defesa permanece acompanhando o caso de forma atenta e responsável, confiando no devido processo legal e na sensatez do Poder Judiciário”.

Investigações em andamento

O caso teve grande repercussão após denúncias do youtuber Felca, que publicou em 6 de agosto um vídeo apontando práticas de “adultização” de crianças e adolescentes em conteúdos produzidos por Hytalo. A partir da repercussão, foram ajuizadas ações civis públicas pelo MP-PB, além da expedição de mandados de busca e apreensão. Atualmente, o influenciador responde a duas ações do MP-PB, em João Pessoa e Bayeux, e também a uma investigação do MPT.

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Decisão judicial

A ordem de prisão foi expedida pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba. Na decisão, o magistrado destacou a existência de “fortes indícios” de crimes como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil artístico irregular e constrangimento de menores.
Segundo ele, a prisão busca “impedir novos atos de destruição ou ocultação de provas, bem como evitar a intimidação de testemunhas”.
O juiz afirmou que os investigados já teriam destruído e ocultado elementos de prova: “Os dois já destruíram elementos de prova; já removeram tudo aquilo que seria apreendido; já turbaram a investigação criminal, e tais situações estão claras nos autos”.

Ele acrescentou que os investigados “revelam uma ação coordenada para comprometer o curso regular das investigações, dificultar o esclarecimento da verdade e prejudicar a eficácia do trabalho investigativo”.

Ainda de acordo com a decisão: “Os representados têm adotado condutas reiteradas para dificultar o esclarecimento da verdade, valendo-se de práticas ilícitas como a tentativa de destruição de documentos e aparelhos eletrônicos, esvaziando às pressas residência, ocultando valores e veículos utilizados”.

Audiência de custódia

Hytalo Santos e Israel Natan Vicente devem passar por audiência de custódia neste sábado (16), em Osasco, ainda sem horário definido.

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