Quem é que não tem uma caneta esferográfica perdida em casa, no estojo, na bolsa ou no porta-lápis? Tão simples e presente no dia a dia, ela costuma passar despercebida, mas por trás desse pequeno objeto há uma história surpreendente de engenhosidade e revolução. Um vídeo publicado pelo canal NRK no YouTube mostra de perto o funcionamento desse instrumento aparentemente banal e revela o quanto as canetas esferográficas são verdadeiras maravilhas da tecnologia moderna.

O segredo está na minúscula esfera metálica na ponta, feita geralmente de aço, latão ou carbeto de tungstênio. Essa bolinha gira enquanto escrevemos, aplicando a tinta de forma uniforme sobre o papel e, ao mesmo tempo, impedindo que ela vaze do reservatório. Antes da sua criação, a humanidade passou por uma longa evolução na forma de escrever — dos cálamos usados em papiros e pergaminhos às penas de aves e às canetas-tinteiro. As esferográficas, porém, transformaram completamente a experiência da escrita, oferecendo fluidez, praticidade e tinta que seca rapidamente, evitando borrões e entupimentos.

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A invenção é relativamente recente: nasceu na década de 1930, pelas mãos do jornalista húngaro László Bíró. Ao observar em uma gráfica como a tinta dos jornais secava quase instantaneamente, ele teve a ideia de criar uma caneta que funcionasse de maneira semelhante. Com a ajuda de seu irmão, o químico Georg Bíró, desenvolveu um tubo de tinta mais espessa e um sistema com uma pequena esfera na ponta, que liberava o pigmento de forma controlada. O mecanismo era tão eficiente que até lembrava o dos desodorantes roll-on — só que, nesse caso, em vez de espalhar perfume, distribuía tinta sobre o papel.

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Durante a Segunda Guerra Mundial, a invenção ganhou fama quando a Força Aérea Real Britânica adotou o modelo de Bíró, já que as canetas-tinteiro não funcionavam bem em grandes altitudes devido à variação da pressão. Poucos anos depois, em 1949, o empresário francês Marcel Bich aperfeiçoou o processo de fabricação e lançou a icônica BIC, tornando a caneta esferográfica acessível a milhões de pessoas no mundo todo. Desde então, ela se tornou indispensável — simples, barata e genial, a pequena caneta revolucionou a forma como registramos nossas ideias, histórias e descobertas.

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