Não é novidade que a Igreja Mundial, fundada pelo apóstolo Valdemiro Santiago, um seguidor da Igreja Universal, está passando por diversos problemas judiciais. Dessa vez, um juiz do Tribunal de Justiça da comarca de Ubatuba (SP) ordenou o bloqueio das contas da entidade, mas a decisão acabou sendo em vão.

Na verdade, não havia nenhum centavo nas contas da Igreja Mundial, que afirma em seu site oficial ter mais de 6.000 templos espalhados pelo Brasil e outros 19 países mundo afora. Sua justificativa é que passa por uma forte crise financeira, agravada pela pandemia do coronavírus.

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O processo foi movido pela professora identificada como D.O., que alugou um imóvel para a entidade em 2oo9. Entretanto, em 2017, a igreja de Valdemiro parou de realizar os pagamentos e a proprietária foi a Justiça pedir o despejo e cobrar uma dívida que já chega em R$ 550 mil, acrescida de juros, multa e custas processuais.

Em sua defesa, a réu não negou que descumpriu o contrato, mas exaltou novamente a crise financeira. A Mundial afirma que, como é uma organização religiosa sem fins lucrativos, seus rendimentos dependem exclusivamente de dízimos e doações.

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Todas as igrejas do Brasil foram compelidas a fechar as portas“, declarou a defesa à Justiça. “Sem a realização de atividades religiosas, houve uma drástica diminuição da arrecadação, uma vez que os fiéis restaram impedidos de frequentar os templos.

Além disso, defende que o “caixa é volátil por natureza, uma vez que os dízimos e contribuições seguem a liberalidade dos fiéis, sendo de natureza voluntária e esporádica”. A igreja pediu um ano para desocupar o templo, argumentando que entidades religiosas contam com privilégios na lei de inquilinato.

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O juiz Diogo Volpe Gonçalves Soares não acatou o pedido e manteve a decisão de despejo e pagamento do débito, sem direito a recurso. A ordem de bloqueio das contas foi dada em uma tentativa de garantir o pagamento dos honorários do advogado que representa a professora, no valor de R$ 50 mil.

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