Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos bitcoins”, resolveu pedir de volta as doações que realizou para a Igreja Universal do Reino de Deus, após se irritar com a igreja da qual já foi pastor. Antes de ser preso, o homem doou em torno de 72 milhões para a e igreja, na época como fiel, nos anos 2020 e 2021. No entanto, a igreja suspeitou das altas quantias depositadas em suas contas e pediu ao dono da G.A.S. Consultoria que suspendesse as doações. Glaidson alega “ingratidão” ao levantarem suspeitas sobre a origem lícita dos recursos.
Preso desde agosto do ano passado na Operação Kriptos, desencadeada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, Glaidson foi acusado de comandar um esquema bilionário de pirâmide financeira, por meio de sua empresa G.A.S. Consultoria e Tecnologia LTDA. O empresário foi acusado de lesar milhares de investidores no mercado de criptomoedas.
Com o “sucesso profissional”, de acordo com a ação, Glaidson argumenta que “por se sentir acolhido e integrado à família Universal”, passou a fazer as doações “de forma lícita e mediante transações devidamente registradas no Sistema Financeiro Nacional”. Como pessoa física, a doação foi de R$ 12,8 milhões, enquanto representante da G.A.S, R$ 59,4 milhões. Além da restituição do montante de R$72 milhões, ele requisitou uma compensação de R$ 200 mil pelo dano moral.
Um dos pastores do Templo de Salomão, sede da Igreja, pregou aos fiéis que eles caíram na pirâmide da G.A.S, o que irritou ainda mais o ex-pastor. Procurada, a assessoria de imprensa da Igreja Universal do Reino de Deus informou que: “Tudo o que a Igreja Universal do Reino de Deus tinha a declarar sobre este assunto consta da nota divulgada em 30/8/2021: Universal já havia alertado as autoridades e o público sobre suspeita de pirâmide financeira”.
A ação foi baseada no artigo 555 do Código Civil, que prevê a revogação da doação por ingratidão do donatário.
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Conhecia do Faraó dos bitcoins?