Na última quinta-feira (22), o mundo foi informado sobre a trágica notícia de que os passageiros que embarcaram no submarino Titan da empresa OceanGate, não haviam sobrevivido e que o transporte havia implodido no fundo do oceano. Autoridades norte-americanas faziam as buscas desde domingo (18). Essa não é a primeira vez que ocorre um caso assim. Há quase 6 anos, uma operação parecida foi feita na América do Sul para localizar um submarino argentino que desapareceu. Na época, a embarcação demorou um ano para ser encontrada.

O desaparecimento do ARA San Juan: Em 15 de novembro de 2017, o submarino militar argentino ARA San Juan perdeu a comunicação com o solo durante uma viagem de Ushuaia, no extremo sul do país, até Mar del Plata, balneário distante cerca de 300 quilômetros da capital portenha. A embarcação transportava 44 tripulantes, todos militares, e seu último contato foi registrado próximo ao Golfo de San Jorge, considerado o “meio do caminho” entre os pontos de partida e chegada.

Horas antes do desaparecimento, o comandante do submarino alertou para a existência de uma falha provocada pela entrada de água por um duto de ventilação. A água vazou no compartimento das baterias elétricas e produziu um princípio de incêndio. A Marinha argentina disse que a falha foi corrigida e que o submarino continuou navegando. No entanto, o rastro da embarcação foi perdido. As buscas pelo submarino argentino começaram 48 horas após o desaparecimento. A operação reuniu 13 países, incluindo o Brasil, mas a maioria abandonou os trabalhos antes do fim de 2017.

O governo argentino abandonou a busca em dezembro daquele ano, o que gerou uma série de protestos de familiares. Em 2018 as famílias das vítimas acamparam por 52 dias na Praça de Maio, em frente à sede da Presidência da Argentina, em Buenos Aires, afim de pressionar o governo. O protesto levou à contratação da empresa americana Ocean Infinity para retomar o rastreamento pelo submarino.

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As buscas com a Ocean Infinity começaram em setembro de 2018. Após dois meses de operação a empresa chegou a afirmar que iria desistir da procura. No entanto, no dia em que o desaparecimento completou um ano, a companhia disse ter descoberto a possível localização da embarcação. No dia 17 de novembro de 2018, o Ministério da Defesa da Argentina confirmou que o submarino havia sido encontrado a uma profundidade de 907 metros, a cerca de 600 km da costa. A Marinha disse que a embarcação implodiu no fundo do mar.

Atualmente, o submarino argentino permanece no local onde foi encontrado, servindo como um triste lembrete de uma tragédia naval que abalou a Argentina. O desaparecimento da embarcação destacou a importância da segurança e manutenção adequadas das embarcações militares, bem como a necessidade de protocolos de busca e resgate mais eficientes em casos de emergência no mar.

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Veja a seguir: Ocean Gate, empresa dona do submarino que desapareceu, faz comunicado após descoberta de destroços

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