Afinal, por que o bocejo é contagioso? Provavelmente você já acabou bocejando logo após de alguém bocejar, ou foi o pioneiro dessa ação. No entanto, por que essa ação é tão frequente na vida de todos nós?
O ato de bocejar é mais do que apenas sono. Além de ser também um sinal de fome, desinteresse e estresse, é uma resposta complexa do nosso corpo. Quando fazemos isso, é porque nosso cérebro precisa de um pequeno impulso. Quando bocejamos, o fluxo sanguíneo do cérebro melhora, ajudando a esfriá-lo e estimulando a alerta. Funciona como uma reinicialização do nosso corpo.
Por que o bocejo é contagioso? Foto – Reprodução/ Getty Images.
No entanto, o bocejo geralmente não é individual. As vezes vemos outras pessoas bocejando, e é comum imitarmos a ação. Isso não é planejado, é uma ação involuntária. Acreditam que isso possa ajudar grupos a permanecerem todos alertas, ou que todos tem um estresse em comum. Falando da parte química em nosso corpo, os neurotransmissores do nosso cérebro, como a serotonina e a dopamina, desempenham um papel na regulação da frequência dos bocejos.
Não são apenas os humanos que compartilham bocejos
Boa parte dos animais também bocejam, e tem o fator contagioso. Todos os animais vertebrados bocejam, peixes pássaros, répteis e os demais mamíferos. Sim, o seu peixe e o seu cachorro também bocejam. Recentemente cientistas estudaram sobre o bocejo contagioso em leões na África do Sul.
Após serem infectados pelo bocejo dos outros, os leões exibiram uma tendência de coordenar os movimentos. “Os dados mostraram uma cena muito clara: após bocejarem juntos, dois leões apresentam um comportamento altamente sincronizado”, conta a autora do estudo, Elisabetta Palagi, etologista da Universidade de Pisa, na Itália.
Por que o bocejo é contagioso? Leão bocejando. Foto – Reprodução.
Isso significa que o bocejo contagioso pode ter uma importância especial em espécies sociais, como os leões, que precisam estar em grupo para caçar, criar os filhotes e defender-se de intrusos, explica Palagi, cujo estudo foi publicado na edição de abril de 2021 da revista científica Animal Behaviour.
Com isso, concluímos que o bocejo é contagioso em diversas espécies. Em um próximo momento que você se pegar bocejando, lembre-se de que não é um ato repentino. É uma reação complexa e instintiva que mantém você alerta, regula a temperatura do seu cérebro e ainda causa um momento engraçado em grupo, afinal, quem não acha engraçado diversas pessoas bocejando como um dominó?
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