Saiba como Renato Cariani atuou em esquema de desvio de solventes para produção de drogas

Renato Cariani, renomado fisiculturista de 47 anos, encontra-se entre os indivíduos focalizados pela Operação Hinsberg, conduzida pela Polícia Federal nesta terça-feira, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa especializada no tráfico de substâncias ilícitas. A residência de Cariani foi alvo de mandado de busca e apreensão após a detecção de 60 transações dissimuladas, destinadas a encobrir o desvio de produtos químicos utilizados na fabricação de drogas.

 

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Conforme informações da Polícia Federal, o principal foco da investigação é a empresa Anidrol, uma indústria química sediada em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, que tem como sócio o influenciador fitness. De acordo com as investigações, o esquema envolvia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas autorizadas a comercializar produtos químicos em São Paulo. O uso de “laranjas” para depósitos em espécie, disfarçados como funcionários de grandes multinacionais, foi uma estratégia utilizada, com as vítimas assumindo o papel de compradoras no processo.

O esquema do qual Renato Cariani era integrante desviou, ao longo de seis anos, uma quantidade de produtos químicos capaz de viabilizar a produção de 19 toneladas de crack. A investigação, conduzida em colaboração com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), teve início em 2019, a partir de uma denúncia apresentada pelo laboratório AstraZeneca, conhecido por fabricar vacinas e medicamentos.

 

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A investigação constatou que o grupo criminoso emitiu e registrou notas fiscais em nome de três grandes empresas durante o período de 2014 a 2021, sendo elas: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica. Até o momento, foram identificadas 60 transações relacionadas à organização criminosa, totalizando cerca de 12 toneladas de diversos produtos químicos, incluindo fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila.

Além disso, conforme apontado pela PF, os envolvidos teriam empregado outras estratégias para dissimular os valores ilícitos recebidos, envolvendo o uso de pessoas interpostas e empresas fictícias.