Recentemente viralizou nas redes sociais um vídeo onde a influencer conhecida como Tieta do Agrestte explica para seus seguidores, o motivo de nenhum bebê poder nascer em Fernando de Noronha. Sem rodeios e de maneira clara ela disparou: “Não tem maternidade. A última que existiu foi desativada em 2004”, iniciou. “Sou mãe e já moro aqui na ilha há 5 anos, mas meu filho não nasceu aqui”, continuou a mulher.

“Com 7 meses de gravidez, eu tive que ir pra Recife, que é a cidade onde eu nasci, para ter minha criança. As autoridades falam que é muito caro manter uma maternidade e uma UTI no local, porque aqui na ilha tem uma média de 40 partos por ano. Então sai muito mais barato pra eles darem assistência à essa gestante na cidade que ela escolher: Recife ou Natal. O governo presta assistência pra mãe, caso ela precise”, concluiu. Assista abaixo:

“Proibido  Nascer no Paraíso”

A proibição de nascimentos em Fernando de Noronha tem gerado controvérsias e levantado questionamentos sobre o direito das mulheres de terem seus filhos na ilha. Essa questão foi até mesmo tema do documentário “Proibido Nascer no Paraíso”, lançado nacionalmente em 2021.

O filme acompanha as angústias e os desafios de Harlene, Ione e Babalu, três grávidas que moram em Fernando de Noronha/PE, um dos principais pontos turísticos brasileiros. Elas são forçadas a se afastar de casa, do trabalho e da família 12 semanas antes da data prevista para o parto e esperar pelo nascimento na capital, Recife/PE. Os médicos que acompanham o pré-natal na ilha atendem a uma determinação da administração, gerenciada pelo Governo do Estado de Pernambuco. Desde 2004, o único hospital local deixou de atender partos. O São Lucas é uma unidade 100% SUS que teve a sala de parto desativada e também não dispõe mais de um centro cirúrgico, e nem de anestesistas de plantão, embora seja oficialmente uma unidade de média complexidade.

Em maio de 2020, a empresária Alyne Dias Luna foi levada pela polícia ao Aeroporto de Fernando de Noronha depois de se recusar a deixar a ilha para dar à luz. Alyne argumentou que temia contrair Covid-19 e por isso desejava ter sua filha em Noronha. De acordo com a Administração da Ilha, Alyne estava na 34ª semana de gestação, ultrapassando as 28 semanas estabelecidas pelo protocolo local.

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O último nascimento registrado na ilha ocorreu em 2018, após um intervalo de 12 anos. A camareira Jamylla Gomes Ribeiro da Silva, de 22 anos na época, deu à luz a sua filha, Ana Eloíza, em casa, sem saber que estava grávida.

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Que medida deveria ser tomada em Fernando de Noronha?

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