Você já ouviu falar em pirossomas? Recentemente, os cientistas da Oregon State University promoveram uma análise a respeito de um ser vivo que começou a aparecer com frequência nas praias da costa oeste dos Estados Unidos. Gelatinosas e transparentes, as pirossomas, ou os “picles do mar” são colônias de animais. Esses seres passaram a ser avistados em 2013 durante uma onda de calor marinha. Foi a primeira vez em 25 anos que o ser vivo foi observado na região.

Pirossomas: conheça a criatura de até 18 metros - Foto: Steve Hathaway/Reprodução

Pirossomas: conheça a criatura de até 18 metros – Foto: Steve Hathaway/Reprodução

Como a presença das pirossomas afeta a cadeia alimentar?

Apesar de parecerem inofensivos, as pirossomas representam uma ameaça à cadeia alimentar. Segundo estudo publicado na NewScientist, a presença delas prejudica a oferta de alimentos para animais que estão acima dela em termos de hierarquia predatória. Um exemplo disso, seriam os peixes. Isso porque, elas se alimentam de fitoplâncton, uma base alimentar para diversas criaturas.

Pirossomas — Foto: Mark Farley / Oregon State University

Pirossomas — Foto: Mark Farley / Oregon State University

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“Os pirossomas consomem animais na base da cadeia alimentar e retêm essa energia. Eles estão retirando do sistema a energia de que os predadores precisam”, disse Lisa Crozier, cientista pesquisadora do NOAA Fisheries Northwest Fisheries Science Center e coautora do artigo.

O que são as pirossomas?

O termo pirossoma, vem do grego, que na tradução para o português significa algo como “corpo de fogo”. Os animais ganharam esse nome pelas suas exibições luminescentes únicas, que podem ser vistas pelo toque ou luz.

Aparecimento de pirossomas chama atenção de cientistas nos Estados Unidos — Foto: Mark Farley / Oregon State University

Aparecimento de pirossomas chama atenção de cientistas nos Estados Unidos — Foto: Mark Farley / Oregon State University

Eles podem chegar até 18 metros, embora a maior parte chegue apenas alcançar alguns centímetros. Sobre sua anatomia, especialistas descobriram que eles possuem uma proximidade com os seres humanos, já que eles fazem parte do filo Chordata. Isso significa que, em algum momento de seu desenvolvimento embrionário, eles possuíram uma notocorda. Em seres humanos, a notocorda dá origem à coluna vertebral. Porém, a do animais curiosamente desaparece.

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“Isso poderia ter enormes implicações no fluxo de energia em todo este ecossistema e na quantidade de peixes que podemos capturar”, disse Dylan Gomes, da Oregon State University.

De acordo com a pesquisa, os animais não se apresentam como fonte de energia para outras espécies. E podem ser classificados como “difíceis de digerir”. Por isso, não são consumidos com tanta frequência quanto outras criaturas, como as águas-vivas. Além disso, seu valor nutricional continua incerto.

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