Um homem foi pego tentando contrabandear mais de 100 cobras vivas, em Hong Kong. De acordo com informações do The Guardian, o viajante tentou embarcar do território com os répteis dentro da própria calça.
Em um comunicado ao jornal britânico, a Alfândega da China informou que o homem viajaria para a cidade fronteiriça de Shenzhen. Por sorte, os funcionários alfandegários conseguiram detê-lo e se surpreenderam com o que ele, que não teve sua identidade revelada, escondia em sua roupa.
“Após a fiscalização, os funcionários da alfândega descobriram que os bolsos das calças que o passageiro usava estavam embalados com seis sacos de lona com cordão e selados com fita adesiva”, afirmou a nota. Após abrir os pacotes, a equipe descobriu que cada um “continha cobras vivas de todos os tipos de formas, tamanhos e cores”.
Segundo o comunicado, os agentes apreenderam 104 répteis, incluindo cobras-do-leite e cobras-do-milho, muitos dos quais eram espécies não nativas. Em vídeo divulgado pelo Shangai Daily, é possível ver os dois agentes inspecionando sacos plásticos cheios de cobras, e analisando os animais.
A man was intercepted by customs officers in #Shenzhen when he attempted to enter with 140 live #snakes hidden in his pockets. pic.twitter.com/4OjbwHhIwO
— Shanghai Daily (@shanghaidaily) July 9, 2024
Tráfico de animais na China
A China é considerada um dos maiores centros de tráfico de animais do mundo segundo o World Wildlife Fund. O país tem uma alta demanda por produtos de origem animal. Tanto para consumo alimentar quanto para uso na medicina tradicional e em outros produtos. Isso inclui marfim, escamas de pangolim, ossos de tigre, barbatanas de tubarão, entre outros.
O tráfico de animais na China é alimentado por uma combinação de fatores culturais, econômicos e legais. A medicina tradicional chinesa, por exemplo, muitas vezes utiliza partes de animais em seus remédios.
Embora o governo chinês tenha implementado várias medidas para combater o tráfico de animais, incluindo leis mais rigorosas e campanhas de conscientização, o problema persiste devido à alta demanda e aos lucros significativos envolvidos no comércio ilegal de vida selvagem.
As leis de biossegurança e controle de doenças do país proíbem pessoas de trazer espécies não nativas sem permissão. “Aqueles que violarem as regras serão responsabilizados de acordo com a lei”, concluiu a autoridade aduaneira, sem especificar a punição concedida ao homem.
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