Nos Jogos Olímpicos de Paris, Gabriel Medina conquistou o bronze diante do peruano Alonso Correa. No entanto, o brasileiro foi prejudicado na semifinal devido a falta de ondas em Teahupo’o durante sua bateria. Com isso, o tópico sobre aderir a uma piscina de ondas artificiais para os jogos de Los Angeles-2028, ganhou força. O próprio Medina declarou ser favorável a ideia, entendendo que será mais justo com os competidores.

Gabriel Medina - Foto: William Lucas/COB

Gabriel Medina – Foto: William Lucas/COB

“Mais justo”

Em entrevista ao Sportv nessa sexta-feira (9), ele disse: “No surfe tem dessas, às vezes o mar dá umas paadas. É ruim perder sem ter oportunidade de performar, mas acontece. É algo recorrente. Acho que a piscina de ondas seria mais justo porque daria oportunidade de todo mundo mostrar o melhor. Em termos de performance, acho que o melhor vence na piscina”.

“Eu queria estar na final para lutar pelo ouro, mas infelizmente não consegui pegar uma outra onda. Quero sim treinar, me esforçar para estar nas próximas Olimpíadas e tentar pegar mais onda. Espero que venha das próximas vezes. Vou começar a sonhar com mais uma medalha.“, concluiu Medina.

Anteriormente, em entrevista para o repórter Felipe Kieling, da Band, Medina já havia comentado sobre a situação. “Eu acho justo, acho que todo mundo tem oportunidades iguais, né? Acho que dá oportunidade para todos e a gente tenta mostrar o nosso melhor, é mais justo”, disse. “Nessa minha semifinal no Taiti a gente viu que às vezes a natureza tem dessas, né? Então, eu acho que isso deixaria o esporte mais justo, com certeza”, completou o brasileiro.

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Filipe Toledo comenta sobre a situação

Vale lembrar que, após a derrota de Medina por falta de ondas na semifinal olímpica, Filipe Toledo também havia declarado ser favorável a piscina de ondas. O brasileiro afirmou que Gabriel seria campeão olímpico.

Filipe Toledo foi o primeiro brasileiro eliminado no surfe nos Jogos de Paris - Foto: Jerome Brouillet / AFP

Filipe Toledo foi o primeiro brasileiro eliminado no surfe nos Jogos de Paris – Foto: Jerome Brouillet / AFP

“Eu amo o mar, e não acho que nada supera a natureza! Mas se tratando de Olimpíadas, acho que seria a forma mais justa (piscina de ondas)! Todo mundo teria chance o suficiente pra colocar o melhor de si na onda! Vamos ser sinceros, se o mar continuasse como foi no round 3, o Gabriel ia papar o ouro e a gente sabe disso! A piscina proporciona essa condição do começo ao fim, e no final das contas quem vence é realmente o melhor surfista”, disse o atleta.

“Eu, se caso perdesse na piscina de onda, pelo menos perderia surfando e entregando meu melhor, o que não foi o caso do Gabriel, que, na minha opinião, nem perdeu, só não teve chance! De 4 em 4 anos, acho que o atleta precisa estar preparado pra esse momento único que é a Olimpíada e tendo a certeza que vai entregar o seu melhor”, finalizou.

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Solução artificial

A piscina de ondas do ex-surfista Kelly Slater é capaz de gerar ondas de até um metro. Localizada em Lemoore, aproximadamente 330km de Los Angeles, a piscina de ondas já foi palco de vitórias brasileiras, nas etapas da WLS, com Medina (2018 e 2019) e Filipe Toledo (2021).

Nas Olimpíadas de Paris, seis brasileiros representaram o Brasil no surfe: Filipe Toledo, João Chianca, Gabriel Medina, Luana Silva, Tatiana Weston-Webb e Tainá Hinckel. No entanto, apenas Medina, com bronze, e Weston-Webb, com a prata, conquistaram medalhas.

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Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb - Foto: William Lucas/COB

Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb – Foto: William Lucas/COB

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