Por mais que as seis filhas de Silvio Santos tenham tido tempo e oportunidade de se prepararem para comandar o grande império erguido pelo empresário, sobra a elas a onipotência com que o pai sempre conduziu o SBT, e lhes falta o maior ativo dele: o carisma. O poder de persuasão de Senor Abravanel, exímio vendedor desde sua adolescência, o livrou de arcar com o ônus dos erros cometidos ao longo da vida. E a pergunta que fica é, o que será do SBT sem a presença de Silvio Santos?

Silvio Santos com a esposa Iris e as seis filhas - Foto: Rogério Pallatta/SBT

Silvio Santos com a esposa Iris e as seis filhas – Foto: Rogério Pallatta/SBT

As filhas do apresentador têm assumido parte das responsabilidades do pai em frente às câmeras e nos bastidores do SBT. Desde 30 de junho, quando a nova programação dominical do canal foi ao ar, Rebeca e Patricia Abravanel, que já comandam programas, terão ainda mais tempo no ar. Mas além de Rebeca e Patricia, o império criado por Silvio Santos também conta com o trabalho das filhas Daniela, Cíntia, Silvia e Renata.

Preparação para passar o bastão do Grupo Silvio Santos

A preparação para passar o bastão das campanhas do grupo ganhou força em 2016, quando o SBT enfrentou uma de suas grandes crises. A emissora, que fatura em torno de R$ 1,1 bilhão e tem lucro líquido estimado em R$ 40 milhõesencerrou o ano de 2016 com lucro líquido de R$ 6,6 milhões, menos de um décimo dos ganhos registrados um ano antes. Em 2015, os lucros haviam sido de R$ 76,1 milhõesde acordo com os resultados divulgados na época. 

Uma das dificuldades da emissora sempre foi a combinação de baixa receita e custos muito altos. Para fechar essa equação e sair dessa última crise, o Grupo Silvio Santos contratou a consultoria americana McKinsey, referência em reestruturação de negócios. A ideia era organizar as contas e – também – a sucessão do empresário e apresentador, segundo apuraram veículos de imprensa entre 2015 e 2016.

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