Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, passou a madrugada desta segunda-feira (16) em observação no Hospital Sírio-Libanês. Ele foi agredido por José Luiz Datena (PSDB) durante o debate transmitido pela TV Cultura. Até o fechamento desta matéria, o hospital não havia divulgado um boletim médico detalhando o estado de saúde de Marçal. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais de Marçal, um profissional de saúde afirma que o candidato sofreu uma fratura na costela, informação também confirmada por sua assessoria. Ainda não há previsão de alta para o candidato.
Marçal foi medicado e submetido a exames, incluindo uma tomografia. De acordo com sua equipe, a agenda de campanha prevista para esta segunda-feira foi cancelada. Além disso, o advogado de Marçal compareceu ao 78º Distrito Policial para registrar um boletim de ocorrência contra Datena. A equipe do candidato anunciou que solicitará a presença de seguranças nos próximos debates. “Esperamos que as medidas judiciais cabíveis sejam tomadas”, declarou a equipe.
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O incidente ocorreu após Pablo Marçal questionar Datena durante o debate. O candidato do PRTB perguntou quando o apresentador desistiria da candidatura, após acusá-lo de assédio. Datena reagiu, acusando Marçal de fazer calúnias e chamou-o de “bandidinho”. “A acusação que você fez contra mim já foi arquivada pelo Ministério Público por falta de provas. O que você fez hoje foi terrível. Espero que Deus lhe perdoe. Você me pediu perdão anteontem, e eu te perdoei”, respondeu Datena.
Na réplica, Marçal acusou Datena de não saber o que estava fazendo no debate, chamando-o de “arregão”, e mencionou que Datena tentou agredi-lo em um debate anterior, na TV Gazeta, em 8 de setembro. Foi nesse momento que Datena agrediu Pablo Marçal com uma cadeira, levando à interrupção do programa.
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Posição de Datena
Ao deixar o debate, Datena comentou o episódio e admitiu ter “perdido a cabeça” ao lembrar da morte de sua sogra, que sofreu AVCs após a denúncia de assédio sexual contra ele. “Eu não escolho os momentos de emoção. Sou uma pessoa autêntica. Me lembrei da minha sogra morrendo nos braços da minha mulher, depois de tudo o que passei, me defendendo na justiça, com o processo arquivado. Esses foram os piores momentos da minha vida”, explicou.
“Eu podia simplesmente ter deixado o debate e ido para casa, seria muito melhor. Mas, da mesma forma que eu choro, essa foi uma reação humana que eu não pude controlar”, continuou. “Tenho certeza de que minha sogra morreu por causa disso. Logo após ouvir sobre o processo, ela teve o primeiro AVC. Tudo isso voltou à minha mente, e eu não consegui me controlar. Estou errado? Estou. Mas já aconteceu”, concluiu Datena.
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