Pablo Marçal (PRTB) não deixou barato. Depois de levar uma cadeirada ao vivo do apresentador José Luiz Datena (PSDB) durante um debate na TV Cultura, no dia 15 de setembro, o ex-coach entrou com um processo no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) pedindo R$ 100 mil por danos morais. O estopim foi a troca de provocações que culminou na agressão física.

Datena desfere uma cadeira em Pablo Marçal -- Metrópoles

Foto: Reprodução/TV Cultura

A situação saiu do controle quando Marçal, em meio a uma série de provocações, insinuou que Datena havia sido acusado de assédio sexual. O apresentador, que já teve o caso arquivado pela Justiça, não gostou nada e, em resposta, levantou uma cadeira e acertou Marçal em pleno debate. Segundo a defesa de Marçal, representada pelo advogado Paulo Hamilton Siqueira Junior, a agressão foi premeditada e teve um impacto devastador: “Ele foi atingido moralmente, fisicamente e psicologicamente”, diz o advogado.

Marçal alega ter sofrido uma fratura na costela e uma lesão no punho direito devido ao golpe. Além disso, ele afirma que sua imagem pública foi gravemente prejudicada: “Foi um constrangimento e uma humilhação pública”, diz a petição. Segundo a defesa, a ação de Datena não foi apenas uma briga entre candidatos, mas sim “um ataque direto ao processo democrático”, colocando em risco a integridade dos debates públicos: “O uso da força bruta para calar um adversário político é inadmissível”, afirmou Siqueira Junior.

Mas Datena não está recuando. Ele entrou com oito processos contra Marçal, acusando o ex-coach de calúnia e difamação durante o debate. O advogado do apresentador, Eduardo Leite, argumenta que a cadeirada foi um ato de legítima defesa: “Marçal ultrapassou todos os limites ao levantar acusações graves e insultos pessoais, incluindo o uso de termos pejorativos comuns em gírias de presidiários”, disse Leite. “A defesa vai provar que a reação foi totalmente justificada”.

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A defesa de Datena também está preparando novas ações de danos morais contra Marçal, reforçando que as acusações feitas no calor do debate não podem ficar impunes: “Estamos apenas começando”, garantiu o advogado do apresentador.

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Essa é a segunda ação que a equipe de Marçal move contra Datena. Na semana passada, seus advogados já haviam protocolado uma notícia-crime na Justiça Eleitoral, pedindo que o apresentador fosse investigado por injúria. No entanto, não houve menção à cassação de candidatura de Datena, algo que Marçal inicialmente havia cogitado, mas desistiu após constatar que a agressão não configurava uma infração eleitoral.

O episódio mostra que, além do embate político, os dois candidatos também estão travando uma batalha jurídica intensa. Enquanto os processos correm na Justiça, o público acompanha o desfecho dessa novela política que extrapolou as discussões sobre propostas e partiu para a agressão física e ataques pessoais.

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