O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu uma investigação contra o influenciador Hytalo Santos, de 26 anos, sob suspeita de exploração da imagem de menores. Conhecido nas redes sociais por seus vídeos com a ‘Turma do Hytalo’ — composta por adolescentes, vários menores de 18 anos —, o criador de conteúdo soma 17 milhões de seguidores no Instagram, 7 milhões no YouTube e mais de 1,5 bilhão de visualizações. A informação foi divulgada pelo UOL nessa terça-feira (17).
Por meio de sua defesa, Hytalo Santos declarou ser vítima de “falsas acusações que produzem ataques à sua honra” e afirmou que seus vídeos seguem a legislação brasileira. Além disso, segundo a nota enviada ao veículo, ele já prestou esclarecimentos ao MPPB sobre o caso.
Conteúdos em análise
Os vídeos analisados pelos promotores mostram menores de idade vestidos com roupas curtas, dançando músicas de teor sexual e participando de interações que, para o Ministério Público, podem violar os direitos das crianças e adolescentes. Em um dos vídeos mais visualizados, Hytalo aparece dançando ao lado de adolescentes uniformizados que contém os versos: “Safadinha demais, não presta / Atravessa a divisa pra dar a x*reca“*.
Outros vídeos trazem menores interpretando músicas escritas por Hytalo, como o trecho: “Estou louca, abusada / Parada, dançando pra frente e pra trás”. Além disso, o influencer faz perguntas polêmicas, como: “já pulou a cerca?”, “já pegou mais de quatro na balada?” e “já sentiu vontade de ficar com pai, mãe, primo ou tio de um amigo?”.
Os adolescentes envolvidos são tratados e chamados como “filhos” por Hytalo, mas não há adoção formal. Alguns deles, inclusive, passam parte do tempo morando com o influenciador.
Violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a exploração da imagem de menores em situações que violem sua dignidade ou que os exponham ao vexame e ao constrangimento. O artigo 232 do ECA prevê detenção de seis meses a dois anos para adultos que desrespeitem essas diretrizes.
Para o MPPB, a exposição dos adolescentes em conteúdos que exploram sua imagem e os colocam em situações constrangedoras pode configurar violação direta à legislação. Além disso, a possibilidade de monetização dos vídeos por meio das redes sociais levanta questionamentos sobre um possível lucro baseado na exploração dos menores.
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Reação da web
Nas redes sociais, os internautas comentaram sobre as investigações. “Até que enfim, demorou foi muito. Não sei como normalizam esse conteúdo dele”, escreveu um usuário. “Finalmente! Aqueles vídeos sexualizando crianças e jovens causa indignação e dor no estômago!”, comentou outra. “Demorou tanto que agora já estão maior de idade”, disse mais um.
Confira a seguir: Aos 17 anos, influencer da turma de Hytalo Santos coloca silicone e causa polêmica na web.
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