Um motoboy foi agredido na porta do condomínio de luxo Edifício Carmel em Natal (RN), após se recusar a subir até o apartamento de um morador para entregar um pedido de comida. O caso, registrado em vídeo, viralizou nas redes sociais e gerou indignação. Horas depois, um grupo de motoboys protestou no local, arrebentando o portão do prédio.

Segundo a Polícia Civil, os envolvidos foram autuados por lesão corporal simples e injúria, e o caso está sob investigação da 5ª Delegacia de Polícia de Natal. Na web, a situação gerou debate sobre as condições de trabalho dos entregadores e o tratamento recebido por eles em condomínios de alto padrão.

Indignação nas redes sociais

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Confira a nota do SINDSEGUR

Com a repercussão do caso, o Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes do Rio Grande do Norte publicou uma nota de repúdio no Instagram sobre a agressão do motoboy.

“O SINDSEGUR – Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes do Rio Grande do Norte manifesta seu repúdio diante da agressão cometida contra um motoboy que estava trabalhando e realizando uma entrega ao acusado, Victor Anderson Veríssimo de Oliveira, praticante de jiu-jitsu e professor do IFRN Central, em Natal.

A profissão de motoboy surgiu da necessidade de transportar objetos com rapidez e baixo custo nos grandes centros urbanos. Muitas vezes, esses profissionais enfrentam longas jornadas de trabalho em busca de melhores rendimentos, além da pressão para realizar as entregas no menor tempo possível.

Os motoboys estão expostos a um alto índice de acidentes devido a essas condições, somadas à baixa segurança passiva das motocicletas. Trata-se de uma profissão que surgiu na década de 1980 e, desde então, se tornou essencial para a logística urbana.

Atitudes como essa demonstram que a classe trabalhadora segue sendo alvo de ataques por uma minoria que, embora se considere privilegiada, depende desses trabalhadores para suas próprias necessidades. Infelizmente, ainda há quem se ache no direito de agredir verbal e fisicamente profissionais que são pais e mães de família, mostrando total desconhecimento sobre a realidade dessa profissão. É fundamental reconhecer que esses trabalhadores precisam de saúde física e mental para enfrentar diariamente os desafios das ruas em busca do sustento de suas famílias.

Não criminalizem os motoboys!

O SINDSEGUR permanece atento a atitudes dessa natureza e não tolerará, sob nenhuma hipótese, práticas violentas contra trabalhadores”.

 

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Outro caso

Além do episódio em Natal, outro vídeo circula nas redes mostrando um motoboy sendo agredido verbalmente por um casal em Florianópolis (SC), após um acidente de trânsito. Durante a discussão, o casal faz comentários preconceituosos sobre o entregador, dizendo que ele “tem cara de bandido” e criticando suas tatuagens.

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O que você acha desse caso?

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