A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando a morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos, ocorrida neste domingo (13), em Ceilândia. A suspeita é de que a criança tenha inalado desodorante em spray ao tentar realizar um desafio viral que circula nas redes sociais. De acordo com informações da 15ª Delegacia de Polícia, Sarah foi encontrada desacordada pelo avô, com lábios e dedos roxos.

Ao lado dela estavam um celular e um frasco de desodorante, que chegou a encharcar o sofá. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, realizou manobras de reanimação e a levou ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde, apesar dos esforços médicos, teve morte cerebral confirmada após exames.

Desafio perigoso

A principal hipótese é que a menina tenha tentado reproduzir o chamado “desafio do desodorante”, que incentiva a inalação do produto. Segundo especialistas, o gás do spray, com alta concentração de etanol, pode provocar sérios danos ao sistema respiratório e à oxigenação do organismo, podendo levar à morte.

‘A internet matou minha filha’

Durante o sepultamento de Sarah, no Cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, a mãe da menina fez um alerta ao pais. “Vigiem seus filhos. A internet matou minha filha”, disse a mãe.

A Escola Classe 6 de Ceilândia, onde Sarah estudava, fechou em sinal de luto. O colégio informou que vai usar o caso para reforçar o debate sobre os cuidados com as redes sociais. Segundo a professora Izabella Nogueira, a estudante foi uma “aluna memorável”. “Uma menina muito carinhosa, muito tranquila, que cativava todo mundo todos os dias. Nós ensinamos eles a sonharem, a bater asas. E agora a gente tem que entregar pra Deus”, afirmou.

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Reprodução/Redes Sociais

Investigação em andamento

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do ocorrido e identificar eventuais responsáveis pela divulgação do conteúdo que possa ter influenciado Sarah. O celular da menina foi apreendido e está sendo periciado. Segundo o delegado Walber Lima, da 15ª Delegacia de Polícia, os responsáveis pela publicação podem responder por homicídio duplamente qualificado — crime com pena de até 30 anos de reclusão.

Familiares afirmaram não saber o que ela assistia no momento em que passou mal e só tomaram conhecimento do suposto desafio após orientação médica. A 15ª DP segue investigando o caso, aguardando o laudo médico e a análise do celular, que devem trazer mais informações nos próximos dias.

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