A Polícia Militar de São Paulo demitiu o soldado Paulo Rogério da Costa Coutinho, mais conhecido nas redes sociais como “Demolidor”, nesta quarta-feira (14), após 19 anos de serviço. A decisão foi motivada após o PM abandonar o posto de serviço durante uma operação de Carnaval em 2022 para permanecer em um camarote no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo.

Paulo Rogério da Costa Coutinho, conhecido nas redes sociais como 'Demolidor', ganhou fama por divulgar e comentar vídeos de ações policiais — Foto: Reprodução/Instagram

Paulo Rogério da Costa Coutinho, conhecido nas redes sociais como ‘Demolidor’, ganhou fama por divulgar e comentar vídeos de ações policiais — Foto: Reprodução/Instagram

Segundo a publicação do Diário Oficial do Estado, a demissão ocorreu por “cometimento de atos atentatórios à Instituição e ao Estado”, configurando transgressão disciplinar de natureza grave, conforme previsto no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (Lei Complementar 893/01).

“Inustiça”

Na noite desta quinta-feira (15), o agora ex-PM, que possui mais de 145 mil seguidores nas redes sociais, se manifestou sobre a demissão, alegando ser vítima de injustiça e perseguição por ter “muita personalidade” e lutar por seus direitos, como o de ter tatuagens, principalmente no rosto.

Coutinho detalhou o ocorrido no Carnaval de 2022, afirmando que entrou no Camarote para usar o banheiro, com autorização, e permaneceu no local por cerca de 1 hora e 40 minutos devido a interações com o público que o reconheceu.

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“Não fui lá para ficar curtindo, eu entrei para ir no banheiro que estava autorizado”, declarou, contestando as acusações de que teria descumprido a missão de policiamento preventivo. Ele alega que deu atenção para as pessoas que o reconheceram, seguindo as diretrizes da PM, e que sua permanência no camarote para atender aos fãs levou o nome da corporação em evidência.

“Coração destruído”

O ex-soldado também questionou a alegação de que teria entrado no camarote sem autorização, afirmando que tanto o tenente encarregado da operação quanto o sargento tinham conhecimento de sua ida ao banheiro.

Coutinho expressou sua indignação com a decisão, comparando sua situação com a de outros policiais que, segundo ele, cometeram atos mais graves e não foram demitidos. “Eu não roubei, não tomei dinheiro de ninguém, não me envolvi em esquema de propina, não matei colega dentro do quartel, não abusei de criança e eu não tenho condição moral para continuar na PM?”, desabafou.

No final de seu desabafo, ele afirmou estar “muito triste” e com o “coração destruído” por ter sido desligado da Polícia Militar, instituição que diz amar. Em um momento de grande emoção, Coutinho mostrou rachaduras em seus dedos, atribuindo o problema a seu abalo emocional.

Ele também relatou que seus pertences da corporação foram entregues em sua casa dentro de um saco de lixo, o que ele interpretou como um sinal de que a PM o considera “lixo”, mesmo após trabalhar por 19 anos na instituição.

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