A influenciadora e apresentadora Patrícia Ramos não poupou críticas à escolha de Virginia Fonseca como Rainha de Bateria da escola de samba Grande Rio. Durante entrevista ao PodShape, comandado por Juju Salimeni e Diogo Basaglia, Patrícia comentou com firmeza sobre o que considera uma decisão desrespeitosa com a cultura e com quem se dedica de forma legítima ao Carnaval.

Reprodução/Instagram
“Uma falta de respeito”, diz Patrícia sobre convite à Virginia
Ao ser questionada sobre a nomeação de Virginia, Patrícia foi direta: “Uma falta de respeito. O Carnaval entra em um lugar da periferia, das meninas que se preparam o ano inteiro, que fazem aula para isso, para estar ali, e carregam fantasias pesadíssimas. Parcelam as fantasias. Tem todo um preparo, tem todo uma coisa”.
Para ela, o Carnaval exige entrega e vivência, e não deve ser tratado apenas como mais uma vitrine de visibilidade: “O Carnaval carrega um respeito muito grande e não tem como entrar em partes [e falar] ‘vou só desfilar’. Não, o Carnaval é uma imersão: é a música que você vai cantar, acreditar no que a música está cantando. É se imergir no barracão, nos ensaios, com o povo que tá pagando a fantasia. O Carnaval é isso, não é um evento, é uma história”.
Patrícia Ramos DETONA Virginia:
“Uma pessoa com milhões de seguidores, tendo mansões e jatinhos falando pra eu apostar em plataforma, dinheiro que ELA não coloca?… Sobre o carnaval, uma falta de respeito, não tem como você ser cristã querer desfilar no carnaval”. pic.twitter.com/V2ewZQ9Vyd
— QG do POP (@QGdoPOP) June 19, 2025
Religiosidade: “O Carnaval é uma religião”
Patrícia também aproveitou o debate para refletir sobre o aspecto espiritual e religioso do desfile, destacando sua própria decisão de não participar por conta da fé que professa:
“Eu não me colocaria nessa posição porque, primeiro, não é da minha religião, porque o Carnaval é uma religião, sim. Canta sobre orixás, sobre as religiões de matriz africana. Não tem como você que se diz cristão, que tem uma fé cristã, querer desfilar no Carnaval. É completamente diferente, são coisas divergentes”.
Ela ainda reforçou que aceitar convites de última hora vai contra o espírito de preparação e entrega da festa: “Poxa, estou eu, aqui, no conforto da minha casa, no meu ar-condicionado e, faltando dois meses pro Carnaval, me ligam ‘ai, Pat, vem desfilar’. Não dá. Eu sei que não é o caso dela agora porque não estão faltando dois meses pro Carnaval”.
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Críticas à divulgação de plataformas de apostas
Antes mesmo de abordar o tema do Carnaval, Patrícia já havia demonstrado incômodo com outras ações recentes de Virginia Fonseca, especialmente a divulgação de plataformas de jogos de azar, como o chamado “jogo do tigrinho”:
“Não curto a forma que ela aborda determinados assuntos nas redes sociais. Acho que ela já chegou num patamar que não precisa fazer certos tipos de coisas”.
A apresentadora destacou que, por vir de uma realidade simples, compreende o impacto negativo que esse tipo de publicidade pode ter nas pessoas mais vulneráveis:
“Eu não nasci rica, com dinheiro e fechando publicidades milionárias. Eu sei o valor do dinheiro porque eu trabalhava um mês pra ganhar R$ 200. Então, eu não gostaria de estar nessa posição, tendo um salário ali, de chegar uma pessoa com milhões de seguidores, tendo mansões, fazendas e jatinhos, falando pra eu apostar em plataforma de sorte, de azar. Meu dinheiro pouquinho, dinheiro esse que ela, que tem milhões, não coloca”.
Assista a entrevista completa abaixo:
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