Após pressão da mídia sobre o caso da brasileira Juliana Marins, que sofreu o acidente na trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, o guia Ali Musthofa revelou que não abandonou a publicitária. Segundo entrevista concedida ao Globo e à imprensa local, o guia a teria aconselhado a descansar, enquanto seguia andando com o restante do grupo. De acordo com ele, o combinado era esperá-la um pouco adiante da caminhada. Em depoimento dado à polícia no último domingo, dia 22, a família  informou que Juliana foi localizada em uma região “extremamente severa”, com obstáculos que dificultaria o seu resgate.

Fonte: UOL

De acordo com Ali, a trilha é realizada por ele desde novembro de 2023 e é de costume subir o Monte Rinjani pelo menos duas vezes por semana. Segundo relato, ele ficou apenas “três minutos” adiante de Juliana, e, ao perceber a demora da brasileira, retornou ao local para procurá-la.

Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei. Eu disse que a esperaria à frente. Eu disse para ela descansar. Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana pedindo socorro“, relatou o guia, que afirmou ter tentado desesperadamente aconselhá-la a esperar por ajuda.

Após o ocorrido, Musthofa disse ter ligado para a empresa na qual trabalha para informar sobre o acidente e acionar o resgate da brasileira. “Liguei para a organização onde trabalho, pois não era possível ajudar a uma profundidade de cerca de 150 metros sem equipamentos de segurança”. Segundo Ali, após a empresa tomar conhecimento das informações, os responsáveis já foram em busca dos equipamentos necessários para o resgate.

Veja também: cupom de desconto exclusivo do site na Shopee aqui

Fonte: Terra

Os parentes de Juliana informaram, na manhã da última segunda-feira, dia 23, que o resgate estaria indo até o último local onde a publicitária foi avistada. Mais cedo, eles acusaram as autoridades locais de agirem com negligência após recuo das buscas devido às condições do clima. Os familiares da jovem ainda cobraram urgência nas atividades de busca, já que ela estava “sem água, comida e agasalho por 3 dias“.

A última vez que a jovem de 26 anos foi vista, foi por volta das 17h10 (horário local) do último sábado, através de imagens captadas por um drone de outros turistas. As imagens mostra a brasileira sentada na encosta, após queda. Foram divulgadas imagens numa conta do Instagram criada para mostrar o caso da publicitária. Em fotos, Juliana caminha pela vegetação e posa para fotos em meio às névoas que cercavam as montanhas.

Veja as fotos da brasileira antes da queda em trilha:

Fonte: Instagram

Fonte: Instagram

Fonte: Instagram

A trilha do Monte Rinjani é considerada uma das mais desafiadoras para os turistas na Indonésia. O vulcão está a 3.726 metros acima do nível do mar e até o seu topo tem muitos quilômetros de subida. Com vários pacotes de passeio, a trilha escolhida por Juliana deveria durar de 20 a 22 de junho, por três dias e duas noites.

As equipes de busca e salvamento da Indonésia já estão no terceiro dia de buscas. De acordo com o governo federal, foram enviados dois funcionários da embaixada com a finalidade de acompanhar o processo pessoalmente. Segundo o narrador “a visibilidade para busca é muito limitada, e o uso de drones também não pode ser maximizado”.

De acordo com Mariana Marins, irmã de Juliana, o local onde ela foi vista é “muito inóspido” e com o terreno muito arenoso. Segundo a irmã da jovem, as suas suspeitas é de que as autoridades locais estariam “mentindo” e que a embaixada brasileira não estariam verificando o que estava acontecendo na realidade.

O que você está achando do resgate da brasileira?